O processo segue, sob segredo de Justiça, e a íntegra da decisão não foi divulgada. Ainda sem data definida, o mérito do habeas corpus será julgado pelo colegiado da Terceira Câmara Criminal mas, ainda segundo apurou o CdB, as chances de um relaxamento no atual regime prisional são mínimas.
Por Redação - do Rio de Janeiro
A desembargadora Suimei Cavaleiri, da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, negou na madrugada deste sábado o pedido de substituição de prisão preventiva por domiciliar, feito pelo advogado Paulo Catta Preta ao ex- assessor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de seu primogênito, o senador Flávio Bolsonaro ( Republicanos- RJ) Fabrício Queiroz. Diante dos indícios de que a prisão poderá se estender, por tempo indeterminado, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, Queiroz cogita, a pedido da família dele, uma delação premiada. Ele já estaria em tratativas com um escritório de advocacia especializado nesse tipo de negociação com a Justiça.
O processo segue, sob segredo de Justiça, e a íntegra da decisão não foi divulgada. Ainda sem data definida, o mérito do habeas corpus será julgado pelo colegiado da Terceira Câmara Criminal mas, ainda segundo apurou o CdB, as chances de um relaxamento no atual regime prisional são mínimas.
Queiroz foi preso na última quinta-feira. Ele é investigado em um suposto esquema de ‘rachadinha’ na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), por lavagem de dinheiro e envolvimento com a milícia armada que age na Zona Oeste. O ex-policial militar foi localizado e detido em Atibaia, no interior de São Paulo. A casa onde ele estava pertence a Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro.
GabineteSegundo informações do caseiro da propriedade à polícia, Queiroz estava no local há mais de um ano. No mesmo dia o ex-assessor foi transferido para o Rio de Janeiro, onde está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, conhecido como Bangu 8. Por causa da pandemia de Covid-19, Queiroz ficará isolado por 14 dias, em uma cela de 6m2, com chuveiro, sanitário e pia.
Diante dos fatos, a personal trainer Nathalia Queiroz, filha do ex-assessor de Bolsonaro tende a complicar a família do clã presidencial. Ela teve o nome envolvido nos problemas judiciais do pai e, em 2018, esteve inscrita como funcionária do gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara, quando ele era deputado federal, sem nunca ter ido ao edifício do Congresso.
Nathalia vive e trabalha no Rio, como integrante da equipe de Chico Salgado, em uma academia que treina famosos como Bruno Gagliasso e Bruna Marquezine. Desde que teve seu nome envolvido no escândalo, já teria demonstrado irritação com a família do presidente. A interlocutores, Nathalia disse que a ligação com Bolsonaro “arruinou” as vidas dela e do pai, e que ambos teriam sido “usados” pela família do presidente.