O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) do Rio de Janeiro, Washington Quaquá, disse em entrevista ao diário conservador paulistano O Estado de São Paulo (OESP) que a empresária formaria uma "superchapa" ao lado de Fernando Haddad (PT) para derrotar Bolsonaro em 2022.
Por Redação - do Rio de Janeiro e São Paulo
Rumores de possível candidatura da empresária Luiza Trajano à vice-presidência da República pelo Partido dos Trabalhadores (PT) revela a necessidade de o partido reconstruir suas pontes com as elites econômicas brasileiras. Nesta semana, rumores de que o Partido dos Trabalhadores (PT) estaria sondando a empresária Luiza Trajano para disputar à presidência em 2022 causaram alvoroço entre especialistas.
O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) do Rio de Janeiro, Washington Quaquá, disse em entrevista ao diário conservador paulistano O Estado de São Paulo (OESP) que a empresária formaria uma "superchapa" ao lado de Fernando Haddad (PT) para derrotar Bolsonaro em 2022. A ideia seria repetir a parceria bem-sucedida que lançou Luís Inácio Lula da Silva para a presidência com o empresário José Alencar como vice em 2002.
Candidatura
Luiza Trajano negou que tivesse sido procurada por partidos políticos e disse não ter interesse em exercer cargos públicos.
"Minha atuação se dá por meio da sociedade civil organizada, em movimentos como o Grupo Mulheres do Brasil e o Unidos Pela Vacina, sem pretensão de ocupar cargos eletivos", declarou Luiza em rede social.
Apesar da recusa à candidatura, aventar o nome de Trajano para a presidência demonstra necessidade de a esquerda brasileira reconstruir seus contatos com o empresariado brasileiro. De acordo com o doutor em ciência política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ, Leonardo Martins Barbosa, as pontes entre o PT e a elite empresarial foram fundamentais para o sucesso eleitoral do partido.
— O que o PT conquistou para conseguir chegar à presidência em 2002 foram dois movimentos: o primeiro, ele se tornou protagonista entre os partidos de esquerda. O segundo, foi o aceno para as elites empresariais do país. Nos últimos anos, o PT perdeu essas duas fontes: está muito isolado na esquerda (…) e perdeu brutalmente sua entrada na elite empresarial do país — resumiu Barbosa à agência russa de notícias Sputnik Brasil.