Ele é suspeito de envolvimento no assassinato do também contraventor Haylton Carlos Gomes Escafura, ocorrido em 2017.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
O bicheiro Marcelo Simões Mesqueu, conhecido como Marcelo Cupim, apontado como chefe da contravenção na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi preso na manhã desta segunda-feira em uma operação conjunta do Ministério Público do Estado (MPRJ), da Polícia Civil e da Corregedoria da Polícia Militar.

Ele é suspeito de envolvimento no assassinato do também contraventor Haylton Carlos Gomes Escafura, ocorrido em 2017.
Marcelo Cupim foi detido em sua residência, uma mansão localizada em um condomínio de alto padrão na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O mandado de prisão preventiva foi expedido pela 4ª Vara Criminal da Capital.
A ação também cumpriu outros 15 mandados de busca e apreensão contra seis alvos investigados, entre eles dois policiais militares. A força-tarefa investiga a atuação de Cupim e sua ligação com um dos principais nomes da contravenção no estado, o bicheiro Bernardo Bello. Segundo os promotores, Cupim teria assumido parte dos pontos do jogo do bicho que pertenciam a José Caruzzo Escafura, o Piruinha — pai de Haylton, a vítima.
Morte sob investigação
Haylton Escafura foi assassinado em 2017 em um crime que também vitimou sua namorada, a policial militar Franciene de Souza. A linha de investigação aponta que o homicídio teria sido motivado por uma disputa por áreas de atuação do jogo ilegal. A apuração sugere que Marcelo Cupim teria se beneficiado com a morte de Haylton, ao assumir pontos de exploração de jogos de azar anteriormente controlados pela família Escafura.
A prisão desta segunda representa um novo capítulo na trajetória criminal de Cupim, que já havia sido capturado em novembro de 2023, no âmbito da Operação Fim da Linha. Na ocasião, ele era considerado foragido e foi denunciado por crimes como organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro relacionados à exploração ilegal do jogo do bicho.
Relações e poder na contravenção
De acordo com o Ministério Público, a influência de Cupim vai além da Zona Norte, com ramificações e alianças estratégicas dentro do submundo da contravenção carioca. A proximidade com Bernardo Bello, que disputa o controle de pontos de apostas e máquinas caça-níqueis em diversas regiões da cidade, reforça o papel de Cupim como um operador de peso dentro da engrenagem do jogo ilegal no Rio.
As autoridades também investigam a atuação de policiais militares que teriam colaborado com o grupo ou recebido vantagens indevidas para facilitar a exploração das atividades ilícitas. O material apreendido na operação deverá ser periciado para ampliar a base de provas contra os investigados.