As centenas de milhares de pessoas que tomaram as ruas da capital Colombo nos últimos dias culpam tanto Rajapaksa quanto Wickremesinghe pela pior crise econômica na história do país desde sua independência, em 1948, com inflação galopante, blecautes recorrentes e escassez de combustíveis e comida.
Por Redação, com ANSA - de Colombo
O presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, renunciou ao cargo nesta quinta-feira, após uma onda de protestos contra a pior crise econômica na história do país. Rajapaksa, que estava no poder desde novembro de 2019 e fugiu depois da invasão de manifestantes ao palácio presidencial, comunicou sua renúncia em um email enviado ao Parlamento. Segundo um porta-voz do Legislativo, Indunil Yapa, a decisão do chefe de Estado foi encaminhada à Advocacia-Geral cingalesa para considerar suas implicações. "A autenticidade e a legalidade do email terão de ser checadas antes da aceitação formal", afirmou Yapa à agência AFP. Rajapaksa está em Singapura, após uma escala nas Maldivas, e é o primeiro presidente a renunciar no Sri Lanka desde a adoção do regime presidencialista no país, em 1978. De acordo com a Constituição, seu substituto interino seria o primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe, cuja demissão também é exigida pelos manifestantes.