Rio de Janeiro, 08 de Dezembro de 2025

Presidente do Equador denuncia tentativa de envenenamento

Daniel Noboa, presidente do Equador, relata tentativa de envenenamento com produtos químicos em geleia e chocolates recebidos como presente. Caso foi denunciado ao Ministério Público.

Sexta, 24 de Outubro de 2025 às 15:23, por: CdB

Segundo Daniel Noboa, três produtos químicos teriam sido adicionados a uma geleia e a alguns chocolates que foram dados a ele como presente em um evento; caso foi denunciado ao Ministério Público.

Por Redação, com CartaCapital – do Quito

O presidente do Equador, Daniel Noboa, disse na quinta-feira que foi alvo de uma tentativa de envenenamento com “três produtos químicos” adicionados a uma geleia e a alguns chocolates que ele recebeu de presente em um evento público.

Presidente do Equador denuncia tentativa de envenenamento | O presidente do Equador, Daniel Noboa
O presidente do Equador, Daniel Noboa

Esta é a segunda denúncia apresentada pelo governo sobre tentativas de atentar contra a vida do presidente, em meio a grandes manifestações de indígenas contra sua gestão.

Desta vez, Noboa relatou que recebeu um presente que continha geleias e chocolates contaminados com três substâncias diferentes que não são próprias dos produtos, nem de suas embalagens.

– Três compostos em uma alta concentração. É impossível que não tenha sido intencional – afirmou em uma entrevista ao canal CNN.

– Apresentamos a denúncia, apresentamos as provas, a concentração dos três produtos químicos – acrescentou.

O órgão militar responsável pela segurança do presidente apresentou uma denúncia ao Ministério Público.

No início de outubro, o governo afirmou, sem apresentar evidências, que o carro em que o presidente viajava foi atingido por tiros disparados por manifestantes indígenas.

Protestos

Em meio aos protestos contra a eliminação do subsídio ao diesel, Noboa entrou em duas ocasiões em áreas ocupadas por manifestantes. Nas duas vezes, ele foi recebido com paus e pedras.

Alguns analistas destacam que os deslocamentos do presidente pretendem reforçar o caráter violento dos manifestantes e garantir ganhos políticos antes da consulta popular, em 16 de novembro, com a qual ele aspira abrir caminho para uma Constituinte.

– Ninguém quer que joguem um coquetel molotov, nem um rojão, nem que o envenenem com um chocolate, nem que atirem pedras – disse o presidente de 37 anos.

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