O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino adiantou, nesta quarta-feira, que promoverá na semana que vem uma nova audiência pública para verificar como anda o monitoramento das transferências de recursos do Parlamento.
Por Redação – de Brasília
As investigações da Polícia Federal (PF) em curso, sobre possíveis desvios de recursos públicos nas emendas parlamentares começam a constatar o entrelaçamento de setores do Congresso com o crime organizado, para a lavagem de dinheiro. O fato ocorreu no Maranhão, onde no ano passado um agiota que fazia negócio com emendas foi assassinado.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino adiantou, nesta quarta-feira, que promoverá na semana que vem uma nova audiência pública para verificar como anda o monitoramento das transferências de recursos do Parlamento, após ter tomado uma série de decisões para enquadrar deputados e senadores, com bloqueio de recursos.
O Tribunal de Contas da União (TCU) também informou já ter capacidade para rastrear 70% das transferências PIX no exercício financeiro de 2025. São aqueles repasses que geralmente caem num caixa único de prefeituras e, com isso, conseguem escapar da fiscalização. Na prática, trata-se do ralo por onde some o dinheiro público.
Com lupa
Há ainda, no entanto, cerca de 40 mil emendas desse período, despachadas por parlamentares a seus redutos eleitorais – de forma direta ou por meio de colegas –, que precisam ser vasculhadas “com lupa”, segundo Dino. É onde mora o terror dos deputados e senadores possivelmente envolvidos em atos ilícitos.
A Câmara bem que tentou emplacar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, mas foi sepultada no Senado. A PEC que protegia parlamentares e até presidentes de partidos de investigações criminais, o que levou o Congresso a um estado de pânico, que se alastra à medida que as investigações avançam.