A prisão preventiva, solicitada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), é um desdobramento da operação Lava Jato no âmbito estadual.
Por Redação, com Reuters - do Rio de Janeiro
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta segunda-feira o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), e o ex-vice-prefeito de São Gonçalo Domício Mascarenhas. Ambos foram acusados de integrar organização criminosa envolvendo empresários do setor de transporte público rodoviário suspeita de desviar R$ 10,9 milhões. A prisão preventiva, solicitada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), é um desdobramento da operação Lava Jato no âmbito estadual, que visa desarticular organização suspeita de praticar corrupção ativa e passiva para o pagamento de propina de empresários de ônibus a agentes públicos da cidade, segundo o MPRJ. De acordo com a investigação, o esquema desviou aproximadamente R$ 10,9 milhões para realizar pagamentos ilegais entre 2014 e 2018. Neves negou ter cometido qualquer irregularidade. – Realmente estou perplexo, absolutamente perplexo, eu trabalho desde 18 anos de idade, tenho 20 anos de vida pública, não tenho bem, não viajo para o exterior, eu fecho minhas contas como qualquer cidadão de classe média, vivo em imóvel muito simples, então realmente me estranha muito esse tipo de ocorrência – disse Neves em entrevista a jornalistas logo após ser detido. – Eu não sei nem quais são as acusações – acrescentou. A chamada operação Alameda cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra Neves, um ex-secretário municipal de Obras e três empresários do ramo do transporte público rodoviário. Além das residências dos acusados, as buscas incluíram o gabinete do prefeito e as sedes de oito empresas de ônibus que prestam serviço no município, afirmou o MPRJ. Procurada, a prefeitura de Niterói não respondeu de imediato a pedido por comentário.