Entre a reunião do cartel Opep+ de 5 de outubro e o próximo encontro do grupo, em dezembro, os preços se aproximam de três dígitos novamente, uma vez que o pico sazonal da demanda ameaça coincidir com mais sanções contra os suprimentos russos.
Por Redação, com Bloomberg - de Nova York, NY-EUA
O preço do barril de petróleo ruma aos US$ 100 e expõe riscos à economia mundial, após os novos cortes na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Por cerca de um mês, a decisão do grupo pareceu cumprir seu objetivo de estabilizar os mercados de petróleo, em um cenário de deterioração da demanda por combustíveis.
Agora no entanto, entre a reunião de 5 de outubro da Opep+ e o próximo encontro do grupo em dezembro, os preços se aproximam de três dígitos novamente, uma vez que o pico sazonal da demanda ameaça coincidir com mais sanções contra os suprimentos russos.
Árabes
— Acho que a Opep+ está muito contente com a estabilização do (petróleo tipo) Brent nos US$ 90 — disse Helge Andre Martinsen, analista sênior do DNB Bank, em Oslo nesta terça-feira, à agência norte-americana de notícias Bloomberg News. Permanece, porém, “um risco real de aperto excessivo nos próximos três a cinco meses”, acrescentou.
A valorização dos preços, que coincide com as eleições de meio de mandato nos EUA, ameaça inflamar ainda mais as relações entre Joe Biden e a Arábia Saudita, o líder de fato do cartel. O presidente norte-americano fez duras críticas ao reino devido às restrições de oferta, tendo acusado o antigo aliado norte-americano de ser cúmplice da Rússia, membro da Opep+, em sua guerra contra a Ucrânia.