Para 2026, a ANEEL estima um custo médio de R$ 342,71/MWh, o que ampliará ainda mais a vantagem competitiva da hidrelétrica.
Por Redação, com ACS – de Brasília
Desde a quitação integral da dívida de construção da hidrelétrica Itaipu Binacional, em 2023, a maior usina do país vive uma nova fase, marcada por eficiência, estabilidade e forte papel estratégico na oferta de energia limpa e acessível.

Dados divulgados pela empresa nesta terça-feira, apontam que Itaipu se consolidou como a segunda produtora de energia mais acessível do país, ajudando a conter o custo da eletricidade em todo o sistema. Em outubro, o custo médio da energia vendida à distribuidora CPFL Piratininga (SP) foi de R$ 221,30 por MWh, valor inferior ao das usinas concorrentes (R$ 222,59/MWh) e bem abaixo da média de aquisição das distribuidoras, o chamado ACR médio 2025, fixado em R$ 307,29/MWh.
Para 2026, a ANEEL estima um custo médio de R$ 342,71/MWh, o que ampliará ainda mais a vantagem competitiva da hidrelétrica.
Eficiência
Diretor-geral brasileiro de Itaipu, o economista Enio Verri destaca que as reduções sucessivas consolidam a usina como uma das fontes mais eficientes do mercado regulado.
— Essas reduções sucessivas consolidaram Itaipu como uma das fontes de energia mais competitivas do mercado regulado brasileiro, contribuindo para a modicidade tarifária — ou seja, tarifas mais acessíveis — e para a previsibilidade dos custos das distribuidoras — afirmou Verri, a jornalistas.
Nos comparativos com contratos de leilões da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) dos últimos 10 anos, Itaipu mantém a segunda tarifa mais competitiva entre todas as usinas, superada apenas pela média dos Leilões de Energia Existente (LEE), de R$ 217,60/MWh. Em 2025, o custo da energia da binacional ficou 33,5% abaixo da média dos leilões da CCEE, estimada em R$ 362,20/MWh.
Sustentabilidade
Segundo o diretor financeiro da usina, André Pepitone, ressaltou que o desempenho tarifário reforça o papel da Itaipu como instrumento de estabilidade econômica e social.
— Em 2025, a tarifa praticada por Itaipu ficou abaixo até mesmo da das usinas cotistas da Lei nº 12.783, de 2013. Essa economia reforça a importância de Itaipu não apenas como fonte de energia, mas também como instrumento de modicidade tarifária, beneficiando milhões de brasileiros — observou Pepitone.
Diferentemente da maioria das hidrelétricas que participam do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), Itaipu opera com superávit de geração, produzindo acima da sua garantia física. Esse desempenho a torna uma doadora no sistema, reduzindo o custo do bloco hidráulico e fortalecendo a estabilidade financeira e operacional do setor elétrico brasileiro.
Mais de quatro décadas após o início de sua operação, Itaipu reafirma seu papel como força motriz do desenvolvimento sustentável do Brasil e do Paraguai, com energia limpa, de baixo custo e confiável.