O CEO da Ford, Jim Farley, chamou a mudança de “uma oportunidade de bilhões de dólares”, enquanto a rival General Motors está apostando US$ 900 milhões em um V8 mais limpo, que pode ser usado em caminhões e SUVs.
Por Redação, com FT – de Londres, Tóquio, Xangai (China) e Frankfurt (Alemanha)
Apesar do investimento de bilhões de dólares em veículos elétricos, uma grande parte da indústria automobilística volta, rapidamente — e com satisfação — da nova realidade, movida a energia limpa, para o tradicional motor de combustão interna movido a derivado de petróleo (ICE, na sigla em inglês), que polui o planeta.

O CEO da Ford, Jim Farley, chamou a mudança de “uma oportunidade de bilhões de dólares”, enquanto a rival General Motors está apostando US$ 900 milhões em um V8 mais limpo, que pode ser usado em caminhões e SUVs. Analistas alertam, no entanto, que essa mudança traz grandes riscos, considerando a rápida ascensão da China em veículos elétricos.
O foco em veículos a gasolina e híbridos segue uma desaceleração na demanda por veículos elétricos nos EUA após o presidente Donald Trump cancelar créditos fiscais para compras no setor e propor a revogação de regras sobre emissões de gases de efeito estufa.
Reviravolta
Ford e GM, contudo, não estão sozinhas. A Stellantis também ressuscitou o motor V8 Hemi nas picapes RAM e no Dodge Charger; enquanto a japonesa Honda adiou um investimento de US$ 11 bilhões em uma fábrica de veículos elétricos no Canadá por dois anos, enquanto a sul-coreana Hyundai anunciou planos para uma nova picape de tamanho médio nos EUA.
Mesmo na Europa e no Reino Unido, onde as vendas de veículos elétricos representaram 20% dos novos registros em agosto, uma reviravolta pode acontecer. Executivos pedem que a proibição de motores a gasolina em 2035 seja flexibilizada para permitir outras tecnologias, como os veículos híbridos.