De acordo com a investigação, no decorrer de um processo a respeito do crime de homicídio praticado por um empresário, em 2023, uma testemunha de acusação foi torturada psicologicamente e coagida a mudar seu depoimento.
Por Redação, com ACS – do Rio de Janeiro
Policiais civis da 134ª DP (Campos dos Goytacazes) e agentes do Ministério Público realizaram, nesta quarta-feira, a Operação Veritas Custodia, contra envolvidos em tortura e coação no curso do processo. Até o momento, cinco pessoas foram presas, sendo dois advogados e três empresários.
De acordo com a investigação, no decorrer de um processo a respeito do crime de homicídio praticado por um empresário, em 2023, uma testemunha de acusação foi torturada psicologicamente e coagida a mudar seu depoimento. A vítima e sua família foram, inclusive, ameaçadas.
A testemunha foi procurada por advogados que fizeram um novo termo de declaração, e levaram até um cartório para a lavratura. A partir das investigações, os envolvidos foram identificados.
Os agentes cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão em localidades do município de Campos.
Buscas por envolvido em morte de grego em São Gonçalo
A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) identificaram um dos responsáveis pela morte do grego Meletios Barmpass. Ele foi assassinado em outubro, na BR-104, altura de São Gonçalo, quando voltava de Armação de Búzios com a mulher e o filho.
Agentes realizam buscas para localizá-lo. A partir das investigações, foi expedido mandado de prisão preventiva contra o autor.
Segundo apurado, a vítima foi abordada por dois homens em uma motocicleta. Os criminosos efetuaram disparos que atingiram o grego, que veio a óbito.
Os policiais analisaram diversas ocorrências de roubo na região, que auxiliaram na identificação do assassino, que teria envolvimento em outros crimes praticados na via. Ele já possui anotações criminais por tráfico de drogas, homicídio e receptação.
A investigação aponta que os roubos são fomentados pelas lideranças do Comando Vermelho na região, e que o criminoso estaria escondido no Complexo do Salgueiro.
As diligências seguem para identificar o outro autor. A DHNSG pede o apoio da população com informações que possam auxiliar nas investigações. Os contatos podem ser feitos por meio do Disque Denúncia. O anonimato é garantido.
Fundador da primeira milícia do Rio é preso por grilagem de terras
O ex-policial civil e ex-deputado estadual do Rio de Janeiro Natalino José Guimarães, o Natalino, foi preso na terça-feira, junto com mais seis pessoas, acusado de grilagem na cidade de Armação de Búzios, na Região dos Lagos. Todos estão com a prisão preventiva decretada pela Justiça.
Os mandados foram expedidos pelo juízo da Vara Especializada em Organização Criminosa da Capital e cumpridos em diversos endereços nos municípios de Búzios, Cabo Frio, Rio das Ostras, além da capital fluminense. No total, 12 pessoas foram denunciadas por crimes ambientais, parcelamento irregular de solo urbano e outros ilícitos, na Operação Nova Grilagem.
As investigações tiveram início com notícia crime comunicando invasões de terras por grupos armados em diversos terrenos, na região da Estrada da Fazendinha, em Búzios. Segundo denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o grupo estava em atividade desde 2020, usando práticas violentas e fraudulentas para ocupar e comercializar terrenos na região. As investigações revelaram que a organização mantinha seguranças armados para intimidar moradores e proprietários, desmatava áreas protegidas e promovia queimadas.
De acordo com o Ministério Público, o grupo se valia de ações judiciais sem decisões favoráveis como argumento para justificar a invasão e comercialização dos terrenos. Segundo a ação penal, os líderes promoviam a invasão violenta das terras e colocavam seguranças 24 horas nas áreas invadidas. Em seguida, loteavam a área e passavam a vender os terrenos.
Conforme a denúncia, o grupo criminoso aliou-se a uma empresa com sede em Campo Grande, na zona oeste da capital, para promover o loteamento da área invadida e a venda dos terrenos. Além disso, lotes eram doados a pessoas envolvidas com a milícia em troca da prestação de serviço de segurança dos terrenos invadidos.
Milícia
Junto com o irmão, Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, também ex-policial civil e vereador no Rio, Natalino ficou preso entre 2007 e 2018. Ambos são apontados como fundadores da primeira milícia do Rio de Janeiro, a Liga da Justiça, criada na Zona Oeste da capital.
O símbolo da milícia é um morcego, e as casas que tinham a figura na frente do imóvel recebiam proteção do grupo paramilitar.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo é acusado de homicídios, extorsões e comércio irregular na venda de água e botijões de gás. Jerominho foi morto a tiros em agosto de 2022, vítima de emboscada em Campo Grande, quando descia do carro que dirigia. Ele morreu na hora.
A Liga da Justiça foi a maior e mais conhecida facção de milicianos do Rio de Janeiro. O nome é uma referência a um grupo de super-heróis de revistas em quadrinhos. O símbolo do grupo é o escudo de outro personagem dos quadrinhos, Batman.
De acordo com a polícia, além dos irmãos Jerominho e Natalino, o genro do ex-vereador, conhecido pelo apelido de Batman, participou da criação da Liga da Justiça. Batman está preso há vários anos em presídio federal fora do Rio, por envolvimento com a milícia.
Homem é preso em Mesquita após agredir e ameaçar esposa
Policiais civis da 53ª DP (Mesquita) prenderam um homem em flagrante, na terça-feira, por agredir e ameaçar a esposa. Ele foi autuado em flagrante pelos crimes de violência doméstica.
De acordo com os agentes, a vítima procurou a delegacia e denunciou ter sido agredida pelo companheiro. A mulher fez exame de corpo de delito, que comprovou a lesão corporal. Os policiais fizeram buscas e localizaram o autor, em Mesquita, na Baixada Fluminense.
Segundo as investigações, ele já foi preso em 2021. Após a ação, o homem foi encaminhado ao sistema prisional e está à disposição da Justiça.