De acordo com levantamento realizado ao longo dos trabalhos, a fraude gerou um prejuízo estimado de quase R$ 5 milhões. Com a ação da PF e do INSS, foram evitados prejuízos da ordem de mais de R$ 14 milhões.
Por Redação, com ACS - de Brasília
A Polícia Federal, em investigação conjunta com a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista e com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, deflagrou nesta quinta-feira a Operação Loki, com o objetivo desarticular um grupo criminoso dedicado a fraudar valores decorrentes de Benefício de Prestação Continuada (BPC), do Bolsa Família e do Auxílio Emergencial.
Estão sendo cumpridos 1 mandado de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão, sendo 1 na Serra e 21 em João Neiva, além do sequestro de bens dos investigados.
Em razão da peculiaridade das buscas e da necessidade de garantir a segurança e a integridade dos envolvidos, a ação contou com a participação de aproximadamente 95 policiais federais e rodoviários federais, além de 4 servidores da Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista do Ministério do Trabalho e Previdência.
As primeiras ações relativas à Operação Loki ocorreram ainda no ano de 2020, após a prisão em flagrante de três pessoas, que tentaram sacar benefício do INSS de forma fraudulenta. A partir de então, iniciou-se uma investigação, que culminou com a descoberta de uma estrutura criminosa dedicada a este tipo de fraude.
Foi possível concluir até o presente momento que, além do líder do grupo, ao menos outras 38 pessoas utilizaram documentos falsos em nome de 114 pessoas fictícias e participaram de fraudes ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), ao Bolsa Família e ao Auxílio Emergencial.
De acordo com levantamento realizado ao longo dos trabalhos, a fraude gerou um prejuízo estimado de quase R$ 5 milhões. Com a ação da PF e do INSS, foram evitados prejuízos da ordem de mais de R$ 14 milhões. Esses valores podem ser ainda maiores, visto que os cálculos não abrangem as fraudes ao Bolsa Família e ao Auxílio Emergencial.
Os investigados
Os investigados responderão pelos crimes de estelionato (art. 171 do Código Penal) e de lavagem de dinheiro (art. 1º da Lei nº 9.613/1998) que, com suas penas somadas, podem chegar a mais de 23 (vinte e três) anos de condenação.
O nome da operação é uma alusão ao Loki, um dos deuses da mitologia nórdica. Ele é o deus da trapaça, da travessura, do fogo e também está ligado à magia, podendo assumir a forma que quiser. Ele é frequentemente considerado traiçoeiro e de pouca confiança, mas, muito embora suas artimanhas causem problemas aos deuses, estes frequentemente se beneficiam de suas ações.
Será concedida coletiva de imprensa, às 10h30, na Superintendência da Polícia Federal em São Torquato/Vila Velha, com a presença do Superintendente da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Coordenador-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista.