De acordo com a PF, as investigações tiveram início a partir da prisão de uma pessoa que tentava embarcar com mais de cinco quilos de ouro no Aeroporto de Boa Vista, com destino a Campinas (SP).
Por Redação, com ABr - de Brasília
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta segunda-feira, a Operação Frutos do Ouro, para investigar um grupo criminoso ligado ao financiamento de garimpo ilegal em Roraima. Os suspeitos podem estar relacionados à apreensão de mais de cinco quilos de ouro no Aeroporto de Boa Vista, em 2019, e teriam movimentado aproximadamente R$ 80 milhões.
De acordo com a PF, as investigações tiveram início a partir da prisão de uma pessoa que tentava embarcar com mais de cinco quilos de ouro no Aeroporto de Boa Vista, com destino a Campinas (SP). “O inquérito policial identificou uma rede dedicada à exploração de ouro extraído da Terra Indígena Yanomami e à lavagem de dinheiro”, diz nota da Polícia Federal.
Joalheria é investigada
O inquérito investiga, ainda, uma joalheria, em São Paulo, com mais de R$ 50 milhões de movimentação financeira. Ela teria enviado valores ao suspeito responsável pelo ouro apreendido em 2019. Outro investigado teria recebido salários que somam aproximadamente R$ 5 mil e mais de R$ 15 milhões em movimentações financeiras.
O grupo criminoso utilizaria uma empresa de comércio de frutos do mar, localizada na capital de Roraima, para movimentar parte do dinheiro utilizado na aquisição do ouro. Mais de 30 policiais cumprem cinco mandados de busca e apreensão em Boa Vista e em São Paulo, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal, em Roraima.
Facção criminosa
A Força Tarefa de Segurança Pública do Amapá deflagrou, na manhã desta segunda-feira a Operação Patrulha, com o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão na capital amapaense, contra três suspeito de integrarem organização criminosa.
A ação é um desdobramento da Operação Caixinha, deflagrada em março deste ano, que visava reprimir o núcleo financeiro de uma facção, uma vez que foi identificado um conhecido esquema no qual algumas lideranças cobravam taxas de manutenção mensal, conhecidas como “caixinha”, para que os faccionados tivessem benefícios perante as lideranças.
Foi possível identificar membros de uma facção criminosa que realizavam o “mapeamento” das áreas em que a facção tem domínio, observando a presença de facções criminosas rivais, bem como a vigilância dos policiais. Além disso, foram identificados possíveis integrantes do “tribunal do crime”.
Foi averiguado que alguns dos membros utilizam câmeras de vigilância para monitorar a movimentação policial nas áreas em que a facção tem domínio, assim, comunicando a outros integrantes a direção em que os agentes estão se movimentando.
As câmeras são posicionadas em pontos estratégicos, tendo a exclusiva finalidade de vigiar a movimentação policial a fim de dar tranquilidade para o comércio ilegal de drogas, além de outros delitos crimes pelos faccionados.
Foi identificado ainda que a facção cobrava uma taxa de R$ 100 dos comerciantes locais, sob pena de represálias. Os investigados poderão responder pelos crimes tráfico de drogas e integrar organização criminosa. Em caso de condenação, poderá cumprir pena de até 23 anos de reclusão mais pagamento de multa.