Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

E a polêmica envolvendo o Ministério Público?

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Quinta, 21 de Outubro de 2021 às 16:55, por: CdB

Procuradores retiraram da cena política um candidato testado e aprovado pela maioria e colocaram um criminoso no poder. E, mais tarde, os processos que condenaram Lula e outros se mostraram fraudulentos ou ilegais.

Por Fábio Lau - do Rio de Janeiro
Tirar poderes absolutos de procuradores se tornou uma obsessão especialmente porque cometeram excessos e não foram punidos. O passa-pano habitual, mesmo diante do escândalo envolvendo o processos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros mais, leva muita gente a repensar o papel dito “fiscalizador".
moro-dallagnol.jpgOperação Lava Jato
Moro e Dallagnol foram desmascarados, ao longo dos últimos anos, mas os estragos da já estavam consolidadas
Os atos esconderam fins políticos.  Retiraram da cena política um candidato testado e aprovado pela maioria e colocaram um criminoso no poder. E, mais tarde, os processos que condenaram Lula e outros se mostraram fraudulentos ou ilegais. Deltan Dallagnol deveria ter sido exemplarmente punido pelo conjunto da obra. Sua iniciativa de usar a Operação Lava Jato para enriquecer, com palestras, ou fazer acordo sigiloso para receber recursos adiante, coisa de US 2 bi, é crime grave que, comprovado, deveria colocá-lo na cadeia.

Juiz corrupto

O MP se revela tão corporativista como qualquer outra instituição. E não são poucas que padecem desta praga nacional. E o corporativismo costuma absolver e proteger o pior deles. E é isso que fragiliza as instituições.  Hoje, o saldo confirma. Podemos dizer que a Lava Jato fez mais mal do que bem ao país. O oba-oba inicial desaguou em um juiz corrupto que mais tarde trocaria a toga pelo ministério daquele que ajudou a vencer. A mídia conservadora silenciou e muita gente ganhou dinheiro com a Ilha da Fantasia de Sérgio Moro e Dallagnol. Apenas este resultado bastaria para definir o que foi a Operação Lava Jato - que mereceu até filme com recursos jamais esclarecidos. Ou, ainda, as denúncias ignoradas do advogado Tacla Duran: dinheiro de acordos iriam para a bolsa da mulher do juiz.

Nada apurado 

E tudo com a cumplicidade do MP.  Assusta, agora, parte da esquerda se aproximar deste imbróglio pela ingênua defesa de que o MP precisa de autonomia para atuar. Especialmente se não ficar claro e definido algo indispensável: atuar a favor de quem? Diz o estatuto do MP que ele deve ser o fiscal da sociedade.  Mas a verdade é que reconhecem como "sociedade" aqueles que vestiram verde e amarelo e promoveram o golpe em 2016.  E foi ela, aquela sociedade, que nos trouxe aqui. Fábio Lau é jornalista, editor do site de notícias Conexão Jornalismo.
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