Rio de Janeiro, 23 de Abril de 2025

Planalto redobra esforços para conter rejeição de Lula

Líderes do bloco têm dito, nos bastidores, que a queda na popularidade do presidente estimula ajustes imediatos na equipe ministerial. E alimentam a expectativa de Lula acelere as mudanças, achando que assim poderá reequilibrar a base aliada.

Segunda, 17 de Fevereiro de 2025 às 19:43, por: CdB

Líderes do bloco têm dito, nos bastidores, que a queda na popularidade do presidente estimula ajustes imediatos na equipe ministerial. E alimentam a expectativa de Lula acelere as mudanças, achando que assim poderá reequilibrar a base aliada.

Por Redação – de Brasília

Diante da surpresa causada pelo resultado da última pesquisa do Instituto DataFolha, o núcleo político do Palácio do Planalto prepara uma reação, ainda que tardia, à rejeição causada por uma campanha sem trégua da mídia conservadora, apoiada pelas forças de ultradireita nas redes sociais. Os números reforçam o movimento do chamado ‘Centrão’ para a urgência de uma reforma ministerial capaz de render mais espaço para o conjunto de legendas do campo da direita.

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O Palácio do Planalto inova na comunicação de Lula, para reverter resultados negativos nas pesquisas

Líderes do bloco têm dito, nos bastidores, que a queda na popularidade do presidente estimula ajustes imediatos na equipe ministerial. E alimentam a expectativa de Lula acelere as mudanças, achando que assim poderá reequilibrar a base aliada e fortalecer o governo para enfrentar os desafios do ano.

 

Reação

Ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, no entanto, minimiza a repercussão negativa da pesquisa e afirma que o presidente tem plena condição de reagir e promover ajustes necessários.

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— Lula tem força para reagir e mexer no que for preciso — disse Padilha a jornalistas, nesta segunda-feira, ao reforçar que o governo está atento às demandas do Congresso e da sociedade.

Padilha refere-se a um plano de reação diante da queda na popularidade do governo, que se inicia com um pacote de anúncios que envolvem medidas sociais para contornar a inflação e uma ofensiva nas redes sociais contra os ataques da oposição.

 

Baixa renda

A ideia do governo é recuperar a popularidade do eleitorado que deixou de avaliar a gestão de Lula como ótima ou boa. Segundo os últimos levantamentos, a queda também ocorreu entre eleitores de baixa renda no Norte e no Nordeste, tradicional base de apoio do presidente. 

Integrantes do governo já trabalham no desenvolvimento de políticas públicas para diminuir o preço dos alimentos, remédios e materiais de construção. Além disso, programas devem oferecer linhas de crédito mais baratas para microempreendedores, em um esforço para superar a alta da taxa de juros.

Na comunicação, a estratégia envolve colocar a equipe ministerial mais em evidência para defender o presidente, principalmente os ministros de centro. A ideia é tentar “furar a bolha” petista e fazer com que as políticas públicas cheguem também ao eleitorado moderado, que não segue perfis de esquerda.

 

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Para as redes sociais, influenciadores progressistas devem produzir conteúdos em defesa do governo. Lula deve receber esses influenciadores no Palácio do Planalto para a produção de conteúdos em conjunto, para defender medidas como o aumento da gratuidade do Farmácia Popular e o controle da tarifa de importação.

Lula também tem sido aconselhado a retomar as chamadas “caravanas da cidadania”, realizadas por ele nos anos 90. Viagens pelo interior do país ajudariam a popularizar a imagem do presidente e ganhar apoio junto ao eleitorado de baixa renda.

Nessas caravanas, Lula irá acompanhado de líderes locais, tanto de esquerda quanto de centro. Na viagem do presidente a Macapá, na semana passada, quando foi acompanhado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o novo modelo já foi aplicado.

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