Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Planalto abre opções contra o discurso raivoso de Arthur Lira

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Quarta, 07 de Fevereiro de 2024 às 19:01, por: CdB

Caso Arthur Lira mantenha a decisão de enfrentar o Planalto, e convença os líderes a não negociarem com o governo, Lula ainda conta com a pressão de empresários para que a agenda da pauta econômica não fique paralisada no Parlamento.


Por Redação - de Brasília

O núcleo político do Palácio do Planalto, embora não recomende o acirramento dos ânimos com a Câmara, apesar do discurso agressivo do presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), na abertura do ano Legislativo, já estuda medidas para neutralizar o líder do chamado ‘Centrão’. Enquanto alguns emissários do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foram destacados na tentativa de retomar o diálogo com Lira, outros já começaram a procurar, diretamente, os líderes de oposição, para iniciar negociações diretas sobre os projetos de interesse do governo.

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Presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) controla a bancada do 'Centrão', na Câmara


Caso Arthur Lira mantenha a decisão de enfrentar o Planalto, e convença os líderes a não negociarem com o governo, Lula ainda conta com a pressão de empresários para que a agenda da pauta econômica não fique paralisada no Parlamento.

 

Tom agressivo


— Se a pauta na Câmara ficar travada por causa do Arthur Lira, ele terá de dar satisfação à turma da Faria Lima (mercado financeiro em São Paulo), com quem ele tem excelente relação e não vai gostar de medidas econômicas ficarem paradas no Congresso — disse um assessor do governo à mídia conservadora.

Já circula, no entanto, o entendimento nos bastidores que líderes de partidos no pêndulo entre oposição e a base aliada reconhecem que o tom agressivo gerou um mal-estar com oPlanalto. Assessores do governo avaliam que o presidente da Câmara contribuiu mais para o fechamento de portas do que para abri-las.

 Uma das razões para o tom belicoso adotado por Lira, na avaliação de integrantes do governo, é que o presidente da Câmara tenta agradar a bancada de oposição, no bojo da campanha pela Presidência da Casa.

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