A análise de documentos e dispositivos eletrônicos apreendidos com Braga Netto e seu ex-assessor, o coronel Flávio Peregrino, tem sido central para essa avaliação.
Por Redação – de Brasília
Até que a denúncia contra o ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) chegue aos gabinetes dos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) para análise e posterior julgamento, o material apurado na ‘Operação Contragolpe’, que levou à prisão do general e ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, a Polícia Federal (PF) poderá apresentar novos indiciados no golpe de Estado fracassado em 8 de Janeiro.

Mesmo após a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) ter denunciado Bolsonaro e outros 33 envolvidos, a investigação da PF permanece em curso e pode atingir novos nomes, conforme apurou a jornalista Bela Megale em sua coluna no diário conservador carioca ‘O Globo’, nesta quarta-feira. A análise de documentos e dispositivos eletrônicos apreendidos com Braga Netto e seu ex-assessor, o coronel Flávio Peregrino, tem sido central para essa avaliação.
Operação
Telefones, computadores, pen-drives e outros materiais estão sob análise dos peritos, e ainda podem trazer elementos que fundamentem novas imputações. Entre militares e aliados de Bolsonaro, cresce a preocupação com a possibilidade de mais integrantes das Forças Armadas serem formalmente implicados no caso, sobretudo por envolvimento no golpe, em ações de obstrução à Justiça.
Na caserna, Flávio Peregrino é visto como elo entre Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, e Braga Netto. Esse vínculo pode ser decisivo para ampliar a lista de investigados.
Além disso, documentos encontrados pela PF na sede do PL, durante busca e apreensão, reforçam essa suspeita.