Mandados judiciais visam desarticular esquema de corrupção e tráfico de drogas envolvendo agentes públicos e detentos no Presídio de Igarassu.
Por Redação, com ACS – de Brasília
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira, nova fase da Operação La Catedral, com o cumprimento de mandados judiciais expedidos em desdobramento das investigações que apuram a atuação de organização criminosa instalada no sistema penitenciário do Estado de Pernambuco.

A medida, autorizada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco após manifestação favorável do Ministério Público Estadual, tem como base elementos probatórios robustos obtidos no curso de inquérito policial, que apontam para a prática de crimes como corrupção ativa e passiva, prevaricação, facilitação de entrada de objetos ilícitos no cárcere, tráfico de drogas e organização criminosa.
A investigação revelou um esquema estruturado dentro do Presídio de Igarassu-PE, envolvendo agentes públicos e internos, com arrecadação sistemática de recursos ilícitos, repasse de vantagens indevidas e graves violações ao regime de segurança e legalidade da unidade prisional.
O cumprimento das ordens judiciais, que inclui prisões preventivas e busca e apreensão, tem por objetivo preservar a ordem pública, garantir a eficácia da persecução penal e impedir a obstrução da coleta de provas, considerando a posição de destaque funcional de alguns dos investigados à época dos fatos.
A Operação La Catedral segue em andamento, com ações coordenadas para o completo desmantelamento das estruturas criminosas identificadas no âmbito do sistema penitenciário estadual.
Desvios de verbas públicas em Roraima
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, a operação Cisne Negro, com o objetivo de reprimir a atuação de uma organização criminosa responsável, em tese, pela prática de crimes licitatórios, desvios de dinheiro público e lavagem de capitais, ocorridos no âmbito da Universidade Estadual de Roraima.
A investigação apurou um suposto direcionamento de licitação para determinada empresa de engenharia, bem como superfaturamento dos serviços contratados.
O prejuízo estimado é de mais de R$ 100 milhões, o que pode ter ocasionado enriquecimento ilícito dos membros da organização criminosa.
Cerca de 50 policiais federais cumpriram 10 mandados de busca e apreensão, além das medidas de sequestro de bens e bloqueio de valores, deferidos pela Justiça, após representação da Polícia Federal. Também foram deferidas a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, a exemplo da colocação de tornozeleira eletrônica.
A operação é um desdobramento de uma apreensão de mais de R$ 3 milhões em espécie, ocorrida em agosto de 2023 pela Polícia Federal.