Rio de Janeiro, 16 de Abril de 2025

PF fecha garimpo ilegal em Unidade de Conservação no Pará

Polícia Federal inutilizou equipamentos e desmontou mais de 10 acampamentos. Os equipamentos eram utilizados em extração ilegal de ouro na região da Floresta Nacional de Carajás.

Quarta, 27 de Novembro de 2024 às 12:17, por: CdB

Polícia Federal inutilizou equipamentos e desmontou mais de 10 acampamentos. Os equipamentos eram utilizados em extração ilegal de ouro na região da Floresta Nacional de Carajás.

Por Redação, com ACS – de Brasília

A Polícia Federal participou, na terça-feira, da Operação Guarda-chuva VI, coordenada pelo ICMbio e integrada por Ibama e Força Nacional. A ação é para combater o garimpo ilegal de ouro e proteger a Unidade de Conservação Federal APA do Igarapé Gelado, no município de Parauapebas, no Pará. 

operacaopf-1.jpg
O garimpo estava em funcionamento, mas, ao perceberem a aproximação da operação, os trabalhadores fugiram do local

Durante a operação, foram inutilizados 18 motores estacionários, duas escavadeiras hidráulicas, quatro motocicletas e mais de 10 acampamentos dentro da floresta, em área próxima à Vila Sansão, sudeste do Pará.

O garimpo estava em funcionamento, mas, ao perceberem a aproximação da operação, os trabalhadores fugiram do local.

Continue lendo

Os equipamentos eram utilizados em extração ilegal de ouro na região da Floresta Nacional de Carajás. Os responsáveis pelos crimes poderão responder por usurpação de matéria-prima da União e extração de recursos minerais sem autorização.

A desmobilização das extrações ilegais de ouro e cobre é de importante para o meio ambiente, pois as atividades ilegais de garimpo têm afetado diretamente a bacia hidrográfica do rio Itacaiúnas, pela contaminação com mercúrio e movimentação de maquinários que degradam a Floresta de Carajás.

Grupo criminoso

A Polícia Federal deflagrou, na terça-feira, a Operação Tai-Pan, para desarticular organização criminosa voltada à prática de crimes contra o sistema financeiro, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Os investigados teriam movimentado R$ 6 bilhões nos últimos cinco anos; sendo R$ 800 milhões apenas em 2024. Cerca de 200 policiais federais dão cumprimento a 16 mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal.

A investigação teve início em 2022 e revelou um complexo sistema bancário paralelo e ilegal, movimentando bilhões dentro do país e nos Estados Unidos, Canadá, Panamá, Argentina, Bolívia, Colômbia, Paraguai, Peru, Holanda, Inglaterra, Itália, Turquia, Dubai e especialmente Hong Kong e China, para onde se destinava a maior parte dos recursos de origem ilícita.

Investigações apontam que os suspeitos, bem como pessoas físicas e jurídicas que com eles transacionaram, movimentaram o valor de R$ 120 bilhões nos últimos anos.

O esquema contaria com participação de dezenas de pessoas, envolvendo estrangeiros e brasileiros nas mais variadas funções e atividades, entre eles policiais militares e civis, gerentes de bancos e contadores.

O objetivo era atender a um fluxo constante de dinheiro para a China, mas atendia a qualquer pessoa que quisesse ocultar capitais, lavar dinheiro ou enviar ou receber dinheiro do exterior, havendo indícios de envolvimento de grupos criminosos voltados ao tráfico de drogas, de armas, contrabando, descaminho e outros crimes.

Além das prisões e das buscas, a Justiça Federal determinou bloqueio de bens e valores em cifra superior R$ 10 bilhões de reais, em mais de 200 pessoas jurídicas.

Em alguns endereços, após representação da PF, foi autorizada a participação de servidores da Receita Federal nas buscas para fins de análise fiscal.

Os investigados podem responder pelos crimes organização criminosa, ocultação de capitais (lavagem de dinheiro), evasão de divisas, entre outros crimes apontados na investigação.

Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo