Mandados foram cumpridos após cliente da Caixa ter conta invadida; investigação aponta falhas em agência e identifica articulador do esquema.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
Agentes da Polícia Federal deflagraram nesta terça-feira uma operação em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para desarticular um esquema de fraude bancária que resultou em saques superiores a R$ 67 mil da conta de um cliente da Caixa Econômica Federal. Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados aos investigados, em ação coordenada pela Delegacia da PF em Volta Redonda (DPF/VRA) e com apoio da unidade de Nova Iguaçu (DPF/NIG). As ordens judiciais foram expedidas pela 4ª Vara Criminal da Justiça Federal do Rio.

As investigações começaram após a PF ser informada de que a conta de um correntista havia sido acessada de forma fraudulenta em uma agência da Caixa em Barra do Piraí. O criminoso conseguiu realizar dois saques expressivos: um de R$ 37,5 mil e outro de R$ 30.050.
Falhas no sistema de identificação e origem do esquema
Durante as diligências, os agentes identificaram fragilidades no processo de identificação e credenciamento de clientes na agência onde o crime ocorreu. Segundo a PF, essas brechas foram determinantes para que os golpistas obtivessem acesso às informações bancárias e às autorizações necessárias para os saques.
O avanço das apurações permitiu rastrear o grupo responsável pela fraude, que estaria estruturado em Duque de Caxias. Entre os alvos da operação desta terça-feira, está o suspeito de ser o principal articulador do esquema, apontado como responsável pela coordenação das ações e pelo planejamento dos golpes.
Material apreendido e próximos passos
Todo o material recolhido durante as buscas será analisado pela perícia criminal federal. O objetivo é detalhar a dinâmica do crime, identificar outros possíveis integrantes da organização e verificar se o grupo cometeu fraudes adicionais contra instituições financeiras ou clientes em outras regiões.
A PF afirma que os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa e fraude bancária, cujas penas podem ser agravadas dependendo do número de vítimas e do prejuízo total causado.
Orientação aos usuários de serviços bancários
Ao reforçar a importância das investigações, a PF aproveitou para alertar a população sobre os riscos associados à exposição de dados pessoais. A corporação recomenda que clientes adotem medidas de proteção, como evitar o compartilhamento de informações sensíveis, conferir sempre a autenticidade de contatos e reforçar mecanismos de segurança em serviços digitais.
Segundo a PF, criminosos têm se aproveitado cada vez mais de brechas tecnológicas e comportamentais para aplicar golpes sofisticados, o que torna essencial a atenção redobrada de usuários e instituições financeiras.