O estudo mostra, ainda que 53,6% afirmam ser favoráveis ao impeachment, enquanto 41,5% se dizem contrários. 4,9% não sabem. A pesquisa Atlas apresenta dados invertidos em relação aos divulgados pelo DataFolha na sexta-feira, que apontou 53% contra o impeachment e 42% favoráveis.
Por Redação - de São Paulo
A maioria dos eleitores quer impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira. Para 53% da população brasileira é hora de retirar Bolsonaro do cargo, de acordo com o Instituto Atlas. Na véspera, milhares de manifestantes foram às ruas, em carreatas pelo impeachment. No sábado, com o apoio da esquerda e, no domingo pela direita.
O estudo mostra, ainda que 53,6% afirmam ser favoráveis ao impeachment, enquanto 41,5% se dizem contrários. 4,9% não sabem. A pesquisa Atlas apresenta dados invertidos em relação aos divulgados pelo Datafolha na sexta-feira, que apontou 53% contra o impeachment e 42% favoráveis.
As duas pesquisas foram feitas sem contato presencial com os entrevistados, que é a metodologia universal de pesquisas de opinião. O Datafolha fez sua pesquisa por telefone nos dias 20 e 21 de janeiro com 2.030 pessoas O Instituto Atlas foi realizada entre 20 e 24 de janeiro, com a participação de 3.073 entrevistas feitas por questionários aleatórios via internet.
Sem partido
Não bastasse a pressão para que seja aberto um processo de impedimento ao presidente da República, Bolsonaro também patina para criar um partido, o Aliança pelo Brasil, que reuniria seus apoiadores. Caso não consiga, ele deverá se filiar a outra sigla.
— Em março nós vamos reestudar se o partido decola. Se não decolar nós vamos ter que ter outro partido, ou não temos como nos preparar para as eleições de 2022 — disse Bolsonaro a um apoiador que perguntou, na saída do Palácio da Alvorada, sobre o andamento do partido.
O Aliança pelo Brasil foi lançado por Bolsonaro em novembro de 2019, depois do presidente brigar com a direção do PSL, partido pelo qual foi eleito, e abandonar a sigla. No entanto, a coleta de assinaturas necessárias para criação de uma nova sigla — cerca de 500 mil — não andou como previsto, apesar do empenho inicial dos bolsonaristas. Até agora, de acordo com o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Aliança conseguiu validar apenas 57.201 assinaturas.