Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Pesos pesados do PIB brasileiro assinam a carta em defesa da democracia

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Quinta, 04 de Agosto de 2022 às 13:06, por: CdB

A seccional de São Paulo da OAB, porém, está entre os signatários da carta. Na lista do manifesto em defesa da democracia estão também as já esperadas assinaturas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), por exemplo, e a ausência também já sabida de grandes confederações.

Por Redação - de São Paulo
A carta em defesa da democracia, articulada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que será publicada nesta quinta-feira na mídia conservadora, conta com a adesão de mais de 100 instituições, segundo os organizadores. Entre eles estão a Câmara (norte-)Americana de Comércio (Amcham) e a Fundação Fernando Henrique Cardoso. Segundo a assessoria da Amcham, a entidade representa cerca de 4 mil empresas no Brasil, que juntas somam um terço do PIB Brasileiro.
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Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, instituição que divulga carta de apoio à democracia, faz críticas às tentativas golpistas do presidente Jair Bolsonaro
Centrais sindicais também assinam o texto, como a CUT; além de instituições ligadas à proteção ambiental, como o Greenpeace e o WWF. Até o agronegócio, que tem apoiado seguidamente o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), já garantiu apoio ao manifesto. Integrantes da organização do manifesto consultados, no entanto, demonstraram frustração com o fato de a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nacional não ter assinado o texto - e por não ter se declarado a favor do movimento até o momento.

Eleições

A seccional de São Paulo da OAB, porém, está entre os signatários da carta. Na lista do manifesto em defesa da democracia estão também as já esperadas assinaturas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), por exemplo, e a ausência também já sabida de grandes confederações, como as confederações nacional da indústria (CNI), comércio (CNC) e transportes (CNT). "As eleições são um momento decisivo na vida democrática de um país. Muito estará em jogo nas eleições deste ano no Brasil, e nós da Amcham reforçamos a confiança no sistema eleitoral brasileiro. Como entidade centenária, entendemos também a importância do setor privado se manifestar de maneira apartidária e independente, bem como contribuir de forma ativa para o debate público do Brasil que desejamos e sonhamos", disse o presidente do Conselho de Administração da Amcham Brasil, Luiz Pretti, em nota à imprensa. À medida que a iniciativa ganha força e mais adesões, a organização do ato toma novas proporções. Duas agendas estão confirmadas para o próximo dia 11 na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), para manifestar a defesa do Supremo Tribunal Federal (STF), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do respeito ao Estado democrático e de Direito.

Ato público

Há grupos que têm organizado uma marcha durante a manhã, para reunir apoiadores em caminhada até o Largo de São Francisco. Os organizadores reuniram-se com representantes da Secretaria de Segurança Pública, dos bombeiros e de órgãos de trânsito nos últimos dias para organizar o ato. Nesta quarta-feira, a ‘Coalizão Brasil, Clima, Florestas e Agricultura’, movimento que reúne mais de 300 representantes do agronegócio, setor financeiro, sociedade civil e academia, divulgou uma nota em favor da democracia e do processo eleitoral brasileiro. O documento será enviado ao STF, ministérios, membros do Congresso, embaixadas, bancos e instituições de desenvolvimento.
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