A votação no Parlamento em Estrasburgo veio na esteira da decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que reverteu, em 24 de junho, uma decisão de cinco décadas atrás que garantia o direito ao aborto legal no país.
Por Redação, com DW - de Bruxelas
Membros do Parlamento Europeu aprovaram nesta quinta-feira uma resolução que pede a inclusão do direito ao aborto na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia (UE). Votaram a favor da proposta 324 europarlamentares, com 155 contra e 38 abstenções. Seria incluída na Carta a frase "todos têm o direito ao aborto seguro e legal". A decisão não é final. Para incluir o direito ao aborto na Carta, será necessária a aprovação dos 27 países-membros do bloco. A votação no Parlamento em Estrasburgo veio na esteira da decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que reverteu, em 24 de junho, uma decisão de cinco décadas atrás que garantia o direito ao aborto legal no país. Na sessão desta quinta-feira, os parlamentares europeus expressaram solidariedade com as mulheres e meninas norte-americanas. A resolução também pede que os Estados-membros da UE sejam orientados a descriminalizar o aborto e a remover os obstáculos que existem em cada país para o acesso a meios legais de interrupção da gravidez. – Cada mulher europeia deve ter o direito de decidir sobre seu próprio corpo – afirmou em nota Helén Frizon, legisladora sueca do grupo parlamentar de centro-esquerda Socialistas e Democratas. "Não é questão de política, opinião ou religião. É, e deve permanecer, como a livre escolha de uma pessoa."