Após a votação, o Parlamento solicitou à alta representante da União Europeia para as Relações Exteriores, Federica Mogherini, e aos governos dos Estados-membros, que se juntem ao reconhecimento do líder da oposição.
Por Redação, com Sputnik - de Bruxelas
Nesta quinta-feira, o Parlamento Europeu se tornou a primeira instituição da UE a reconhecer Juan Guaidó como "presidente legítimo" da República Bolivariana da Venezuela.
Após a votação, o Parlamento solicitou à alta representante da União Europeia para as Relações Exteriores, Federica Mogherini, e aos governos dos Estados-membros, que se juntem ao reconhecimento do líder da oposição.
– Temos o prazer de anunciar que o Parlamento Europeu reconheceu [Juan] Guaidó como presidente legítimo da Venezuela – disse o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, após a votação.
A proposta, apresentada pelos eurodeputados espanhóis Esteban Gonzalez Pons (EPI), Ramon Jauregui (PSE) e Javier Nart (ALDE), foi aprovada por uma maioria de 439 votos a favor, enquanto 104 deputados se manifestaram contra e 88 se abstiveram. Na resolução aprovada, o Parlamento Europeu sublinha, para além do reconhecimento de Juan Guaidó "como presidente interino legítimo da República Bolivariana da Venezuela de acordo com a Constituição da Venezuela", o "apoio absoluto ao seu plano".O Parlamento fundamentou a sua decisão no fato de Nicolás Maduro "ter rejeitado publicamente a possibilidade de realizar novas eleições presidenciais" na sequência do pedido da União Europeia, tendo o prazo para a resposta expirado em 26 de janeiro.
A crise política venezuelana se agravou no dia 23 de janeiro, depois que o chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, autodeclarou presidente interino do país durante um ato realizado nas ruas de Caracas. A Rússia, China, Irã e Turquia reafirmaram seu apoio ao atual governo venezuelano de Maduro, enquanto vários países latino-americanos, alinhados com os EUA e UE, ignoraram o atual presidente eleito, expressando seu apoio a Guaidó. O México e o Uruguai, no entanto, oferecem assistência para mediar uma solução política para a crise.