Estou próximo do povo sudanês, já tão provado, e convido-o a rezar para que se deponham as armas e que o diálogo prevaleça, para que possamos retomar juntos o caminho da paz e da concórdia", declarou o Pontífice.
Por Redação, com ANSA - da Cidade do Vaticano
O papa Francisco fez um apelo neste domingo pelo fim da violência do Sudão, após diversos confrontos entre o Exército e membros do grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR) deixarem dezenas de mortos.
– Acompanho com preocupação os acontecimentos ocorridos no Sudão.
– Estou próximo do povo sudanês, já tão provado, e convido-o a rezar para que se deponham as armas e que o diálogo prevaleça, para que possamos retomar juntos o caminho da paz e da concórdia – declarou o Pontífice depois da recitação da oração do "Regina Coeli", no Vaticano.
De acordo com balanço divulgado pelo Comitê Central dos Médicos do Sudão, os confrontos já deixaram ao menos 56 civis mortos.
Áreas militares no Sudão
O comandante das FAR, tenente-general Muhammad Hamdan Dagalo, anunciou que "as suas forças controlam 90% das áreas militares no Sudão", onde têm travado combates violentos. "O general Abdel-Fattah Al-Burhan, comandante das forças armadas sudanesas, esconde-se no subsolo e empurra os filhos dos sudaneses para a luta, enquanto vários oficiais se juntaram às forças de apoio rápido", disse ele.
Neste domingo, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, voltou a pedir o fim da violência na região e fez um apelo por diálogo.
– Às vésperas da reunião do G7 no Japão, na qual pedi para dar prioridade à África, os confrontos no Sudão ameaçam civis e questionam a democracia. Convidamos os líderes militares sudaneses a interromper as hostilidades para retomar o diálogo político – escreve o chanceler italiano no Twitter.