Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Pacheco quer modernizar instituto do impedimento, em Projeto de Lei

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Sexta, 24 de Março de 2023 às 11:22, por: CdB

Pacheco afirmou, a jornalistas, que a legislação atualmente em vigor “foi pensada para um outro contexto social, político e constitucional que não o nosso”. A declaração faz referência ao fato de que na época estava em vigência a Constituição de 1946, que agregava influências parlamentaristas superadas na Constituinte, em 1988.


Por Redação - de Brasília

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) apresentou Projeto de Lei (PL) que visa modernizar a Lei do Impeachment, elaborada em 1950. O projeto foi elaborado por uma equipe de juristas coordenada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski.

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atua para mudar o instituto do impedimento


Pacheco afirmou, a jornalistas, que a legislação atualmente em vigor “foi pensada para um outro contexto social, político e constitucional que não o nosso”. A declaração faz referência ao fato de que na época estava em vigência a Constituição de 1946, que agregava influências parlamentaristas superadas na Constituinte, em 1988.

— Creio que o PL, o qual replica o texto do anteprojeto da comissão de juristas, servirá como um ponto de partida para que o Senado e a sociedade brasileira possam discutir, com equilíbrio, seriedade e ponderação, a difícil equação entre respeito à soberania popular e reprovação de condutas — disse o parlamentar.

Judicialização


Ainda segundo o presidente do Senado, a permanência da legislação se deve ao fato de ter sido parcialmente aceita pela Constituição de 1988, o que teria tornado a lei “lacunosa, incompleta e inadequada”. Ele sublinhou, ainda, que “nos dois processos de impeachment de presidentes da República, foi necessária a judicialização do tema, a fim de que o STF fixasse um ‘rito’ do processo por crime de responsabilidade”.

A afirmação refere-se ao impedimento de Fernando Collor, em 1992, e do golpe de 2016, com a queda da presidenta deposta, Dilma Rousseff (PT). O projeto apresentado por Pacheco prevê quais os cargos poderão responder por crimes de responsabilidade e sofrerem processos de impeachment.

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