Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Operação desarticula compra ilegal de armas com uso de documentos falsos

Polícia Civil do Rio de Janeiro desarticula esquema de falsificação de documentos para aquisição ilegal de armas. Conheça os detalhes da Operação Craf Falso.

Quinta, 04 de Dezembro de 2025 às 15:00, por: CdB

Polícia Civil mira grupo que produzia identidades militares, CRs e Crafs adulterados para burlar controles e adquirir armamentos.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta quinta-feira, a Operação Craf Falso, voltada a interromper um esquema estruturado de falsificação de documentos utilizado por compradores de armas para simular autorizações legais. A ação foi desencadeada pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e mobilizou equipes em diferentes pontos da capital e da Baixada Fluminense.

Operação desarticula compra ilegal de armas com uso de documentos falsos | Ação policial barra aquisição de armas com papéis militares adulterados
Ação policial barra aquisição de armas com papéis militares adulterados

Segundo a corporação, o grupo falsificava Certificados de Registro (CR), Certificados de Registro de Arma de Fogo (Craf) e até identidades militares, documentos que permitiram aos envolvidos enganar lojistas e estabelecimentos autorizados a comercializar armamentos. Até o momento, duas armas foram apreendidas e um homem acabou detido em flagrante por porte ilegal.

Mandados em três regiões do Estado

Agentes cumprem mandados de busca e apreensão na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio; no Jardim América, na Zona Norte; e em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A ação busca recolher documentos, computadores, mídias e registros que ajudem a identificar quem produzia os documentos adulterados e quem se beneficiava das falsificações para adquirir armas de maneira irregular.

Os investigadores afirmam que o material apreendido será fundamental para mapear a extensão da fraude, que pode envolver dezenas de compradores e fornecedores de documentos falsos.

Falsificações sofisticadas e esquema recorrente

A Polícia Civil apurou que o grupo atuava com alto nível de organização. Os documentos falsificados eram produzidos para parecerem legítimos em verificações superficiais, permitindo que os compradores burlassem sistemas de controle e fiscalização.

Segundo as equipes da Desarme, tratava-se de um modelo recorrente: os investigados repetiam o formato dos documentos oficiais e empregavam técnicas que dificultavam a detecção da fraude, aumentando as chances de obter armamentos sem cumprir qualquer exigência legal.

Objetivo é rastrear beneficiários e produtores

A operação tem como uma das metas principais identificar tanto os responsáveis pela emissão dos documentos falsos quanto os compradores que utilizaram o esquema para driblar a legislação. As autoridades esperam rastrear a origem dos materiais falsificados e determinar se há ligação com outros grupos criminosos envolvidos no comércio ilegal de armas.

O inquérito também vai analisar se os armamentos adquiridos com os documentos fraudulentos foram utilizados em práticas criminosas.

Edições digital e impressa