Snoop, convidado do evento, é um dos sobreviventes da chacina da Candelária que aconteceu no ano de 1993.
Por Redação – do Rio de Janeiro
O dia 23 de novembro ficará marcado no coração de crianças e adolescentes da ONG Nóiz, localizada na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio. Todos os presentes tiveram a oportunidade de trocar experiências e se inspirarem com as vivências de Snoop Amado. O convidado realizou a dinâmica “Sonhos não tem data de validade”.
– Este encontro é muito rico para as crianças, considerando que inclusive já perdemos algumas para o mundo das ruas – disse André Melo, presidente da Nóiz.
Snoop Amado foi consultor da série Os quatro da Candelária, da Netflix. Os atores da produção, Patrick Congo, Andrei Marques e Samuel Silva, também estiveram no encontro.
– Eu vim de projetos sociais e fui criado em abrigos. Tenho a sensibilidade de perceber quando o projeto é real, humano e tem a essência que presa a vida. A igualdade, a verdade de incluir. Foi um momento mágico para mim e para os meninos do elenco – relatou Snoop Amado após participar do encontro.
– Eles podem ser o que quiserem: professores, juízes e advogados. Isso ninguém tira, basta acreditar – completou.
Conheça a ONG Nóiz
A ONG Nóiz nasceu em 2018, no território do Brejo, na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Iniciou suas atividades em uma sede tímida, ao lado de barracos de madeira, onde pessoas viviam sem saneamento básico e em completa situação de vulnerabilidade. Um dos menores índices de desenvolvimento humano do estado e altas taxas de violência e, aos poucos, foi crescendo de acordo que transformava o ambiente e a vida dos moradores com poder da inclusão e resgate da dignidade daquela comunidade.
Atualmente, em uma estrutura maior (cedida pela própria comunidade), atende mais de 250 crianças e cerca de 400 famílias, direta e indiretamente, que recebem auxílio através dos projetos da ONG. Incluindo assistência social, atendimento psicológico, cursos de capacitação, reforço escolar, atividades esportivas e culturais, como música, danças e teatro, jiu-jitsu, e bem-estar, como a Yoga.
As atividades são independentes de incentivos políticos ou religiosos, e sua continuidade é exclusivamente ancorada através de doações de pessoas físicas e apoio privado. Com o conceito de ‘Acolher, Educar e Emancipar’, o projeto conta atualmente com dois cursos de alfabetização, dois de reforço escolar, aulas de esporte e dança, e atividades de informática básica e um pré-vestibular social, que já ingressou mais de 18 alunos em faculdades públicas.
O espaço disponibiliza ainda uma estrutura de biblioteca e lan house social, para adultos e crianças acessarem todos os dias.