Ação simultânea mobiliza polícias, prefeituras e equipes técnicas; objetivo é impedir reinstalação de barreiras usadas por facções.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
As policiais Civil e Militar iniciaram, nesta segunda-feira, a Operação Barricada Zero em cinco municípios do Rio de Janeiro. A ação tem como objetivo remover barreiras instaladas por criminosos em diversos pontos.

Coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional, a ação reúne equipes das secretarias estaduais e prefeituras locais. O trabalho integra engenharia, inteligência e infraestrutura.
As frentes de atuação estão concentradas nos seguintes locais:
Rio – Cidade de Deus, Zona Oeste
Duque de Caxias – Mangueirinha
Nova Iguaçu – Grão Pará
Queimados – São Simão e Dom Bosco
São Gonçalo – Jardim Catarina
Na Cidade de Deus, há relatos de intenso tiroteio e muitas barricadas em chamas. Até o momento, sem informações de presos ou apreensões.
Objetivo e equipamentos
O governador Cláudio Castro afirmou que o objetivo é impedir que criminosos voltem a bloquear vias.
– Essa ação integrada traz um recado muito claro para os que insistem em interromper o direito de ir e vir dos moradores: nós não vamos mais tolerar que barricadas sejam instaladas no Rio de Janeiro. E para os que ousarem reinstalar esses obstáculos, a resposta será dada à altura, com operações das unidades especiais das polícias Civil e Militar – disse.
A operação utiliza retroescavadeiras, rompedores, basculantes, caminhões de concreto, maçaricos, motosserras e equipes técnicas especializadas para garantir a remoção completa das barreiras.
Barricada Zero
O Blog do Ricardo Bruno já havia adiantado, no dia 17 desse mês, o início da megaoperação Barricada Zero e que a ação teria começariam no Jardim Catarina, em São Gonçalo. No local, ruas inteiras estão bloqueadas e o tráfego virou um desafio diário para moradores, comerciantes e serviços públicos.
Atualmente, a PM conta com seis kits — retroescavadeiras e caminhões basculantes — destinados exclusivamente à retirada de barricadas.
Com a participação das secretarias estaduais de Obras, Agricultura e Meio Ambiente, outros 20 conjuntos serão incorporados.
A tática inclui atacar a capital por quadrantes, começando pelos grandes complexos como Alemão, Penha e Israel. Segundo o governo, a operação não será episódica: sempre que houver retomada de obstáculos, equipes retornarão imediatamente para nova remoção. A PM só avançará para a área seguinte quando cada região estiver plenamente estabilizada.