As declarações ocorrem no mesmo dia em que o processo contra o senador Sergio Moro (União-PR), envolvendo acusações de caixa dois e abuso de poder econômico nas eleições de 2022, andou mais uma casa no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e pode significar a cassação do mandato do parlamentar.
Por Redação - de Brasília
Presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR) resolveu partir contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) ao compartilhar em suas redes sociais, trechos de podcast com a participação da vereadora Aava Santiago, que indicou as hipocrisias presentes no discurso da mulher do ex-presidente e o quanto tal atitude é nociva para a igreja evangélica.
— É sobre isso que eu venho falando, sobre a falsa moralista. Porque a gente sabe que teve cheque do Queiroz, teve muamba de joias, dinheiro do Mauro Cid, PIX milionário pro marido que nem pagou as multas e ainda quer anistia, e até pastor corrupto com barras de ouro no MEC — disse Hoffmann, com todas as letras.

As declarações ocorrem no mesmo dia em que o processo contra o senador Sergio Moro (União-PR), envolvendo acusações de caixa dois e abuso de poder econômico nas eleições de 2022, andou mais uma casa no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e pode significar a cassação do mandato do parlamentar. Caso Moro perca a cadeira, no senado, a disputa tende a ser entre a presidente do PT e Michelle Bolsonaro.
Relatoria
Para complicar, ainda mais, a situação jurídica de Moro, o desembargador D'Artagnan Serpa Sá deixou a relatoria da ação de investigação judicial eleitoral, movida pelo PL e pela federação formada por PT, PV e PCdoB, que tramita contra ele, às vésperas dos primeiros depoimentos do caso.
Em seu lugar, assumiu o desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza. A peça em questão reivindica a cassação do mandato de Moro por abuso de poder econômico na campanha e a realização de novas eleições ao Senado.
Embora tenha assumido há pouco a relatoria, Carrasco Souza assegurou os depoimentos previstos em sinal de que o novo relator manterá agilidade no caso contra Moro.