A informação foi apurada pela equipe do Laboratório de Tecnologia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do Ministério Público do Rio (MP-RJ). É, até o momento, a prova mais contundente no decorrer das investigações promovidas pela promotoria sobre a chamada ‘rachadinha’, tendo na mira o gabinete de Bolsonaro.
Por Redação - do Rio de Janeiro
Não bastasse a eclosão de mais um escândalo na família do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), agora por conta de uma possível fraude em comprovantes de vacinação investigados pela Polícia Federal (PF), na ‘Operação Venire’, o filho ’02’, como é conhecido o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) está de volta às páginas policiais. Jorge Luiz Fernandes, chefe de gabinete do pai dele desde 2018, teria recebido R$ 2,014 milhões em créditos remetidos de contas de seis servidores nomeados por ‘Carluxo’, como o vereador também é conhecido.
A informação foi apurada pela equipe do Laboratório de Tecnologia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do Ministério Público do Rio (MP-RJ). É, até o momento, a prova mais contundente no decorrer das investigações promovidas pela promotoria sobre a chamada ‘rachadinha’, tendo na mira o gabinete de Bolsonaro na Câmara do Rio de Janeiro. A investigação já se arrasta por mais de quatro anos.
Peculato
Diante das evidências colhidas, a Promotoria encaminhará pedido de investigações complementares ao Laboratório de Lavagem, para saber se os pagamentos foram eventuais ou regulares. O chefe de gabinete pode ser acusado de crime de peculato. Previsto no artigo 312 do Código Penal, trata-se de o funcionário público se apropriar “de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo (…)”. A pena é de reclusão de dois a 12 anos; além de multa.
Fernandes é casado com Regina Célia e é cunhado de Carlos Alberto Sobral Franco que, por sua vez, foi lotado no gabinete de Jair Bolsonaro.