Lula conversou sobre o assunto com o ministro do STF Alexandre de Moraes, durante almoço na semana passada. Após o encontro, repetiu a informação para ministros de seu próprio governo e para assessores diretos. Lula também disse, nesta manhã, que a escolha será exclusivamente dele.
Por Redação, com BdF - de Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem reforçado nos últimos dias, junto a interlocutores dos mais diversos, que pretende indicar um ministro para o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda nesta semana. Depois de uma série de viagens e de deixar a temperatura sobre a indicação baixar, fazendo silêncio sobre a indicação, o presidente voltou a conversar sobre o assunto e disse que finalmente exercerá seu direito de encaminhar ao Senado o nome a ser sabatinado para o cargo.
Lula conversou sobre o assunto com o ministro do STF Alexandre de Moraes, durante almoço na semana passada. Após o encontro, repetiu a informação para ministros de seu próprio governo e para assessores diretos. Lula também disse, nesta manhã, que a escolha será exclusivamente dele.
Embora o presidente não tenha citado, nominalmente, o seu advogado preferido, interlocutores dobraram a aposta sobre Cristiano Zanin para a cadeira no Supremo. Trataria-se de uma escolha pessoal de Lula, que não passaria por qualquer articulação política, nem mesmo dentro do PT.
Cota exclusiva
Zanin defendeu, com brilhantismo, o então ex-presidente Lula na ‘Operação Lava Jato’ e se aproximou ainda mais do líder brasileiro quando ele estava preso, conquistando a sua confiança do ponto de vista técnico e profissional. Ambos têm, ainda, uma relação familiar. Zanin é casado com Valeska Zanin, afilhada do presidente. Uma vez confirmada, a escolha terá sido, portanto, da cota exclusiva de Lula.
A escolha de Zanin é também cercada de simbolismo, já que ele esteve à frente da defesa de Lula na Lava Jato e fez contraponto ao então juiz e hoje senador Sergio Moro (União Brasil - PR).
O ex-juiz saltou da carreira na magistratura para ser ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL). Um de seus sonhos era ser indicado ministro do STF, mas Bolsonaro, que tinha direito a duas vagas, fez outras escolhas, indicando Kassio Nunes Marques e André Mendonça para a Corte.