Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Negociações com o ‘Centrão’ visam tranquilizar o país, diz Lula

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Terça, 01 de Agosto de 2023 às 16:23, por: CdB

Lula tem se empenhado em ampliar o apoio ao Palácio do Planalto junto aos congressistas e, para isso, busca atrair partidos como o PP e o Republicanos para a base do governo.


Por Redação - de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adiantou, nesta terça-feira, que sua busca por mais apoio no Congresso, por meio de negociações com as mais diversas forças políticas nas duas Casas do Legislativo, visa garantir "tranquilidade nesse país”. Lula precisa avançar com os projetos do governo no Congresso e tem pressa.

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Adversários durante a campanha, Lira e Lula negociam uma ampliação da base parlamentar


— Eu não converso com o ‘Centrão’. O ‘Centrão’ para mim é uma construção teórica. O que existe são os partidos políticos, e eu vou conversar com os partidos, com os presidentes dos partidos e vou tentar compor para que tenha tranquilidade nesse país — ressaltou.

Lula tem se empenhado em ampliar o apoio ao Palácio do Planalto junto aos congressistas e, para isso, busca atrair partidos como o PP e o Republicanos para a base do governo. A estratégia envolve possíveis trocas no comando de alguns ministérios, ainda não definidos, chamadas de ‘minirreformas’.

Arthur Lira


Lula foi entrevistado, nesta manhã, pelo jornalista Marcelo Uchôa, para uma transmissão ao vivo pela internet, e destacou que vem mantendo conversas com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), sobre votações pendentes no Congresso.

— Sinto-me convencido pelas conversas que tenho tido, inclusive com o presidente Lira e com o presidente Pacheco, de que as coisas vão ser votadas naturalmente, de acordo com o tempo do Congresso, (o que) não é de acordo com o meu tempo — refletiu.

Ainda na conversa com o jornalista, Lula abordou a controvérsia em torno da indicação do economista Marcio Pochmann para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Lula fez uma defesa enfática de sua escolha ao destacar a ligação do doutor em Ciência Econômica com o PT, com elogios ao seu currículo. Além disso, o presidente afirmou que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, já estava ciente de seu desejo em indicar Pochmann para o cargo "há muito tempo”.

Nomeação


O IBGE, instância responsável por importantes pesquisas, projetos e estudos, está subordinado ao Ministério do Planejamento. Tebet havia declarado na semana anterior que a troca na presidência do IBGE estava sendo discutida há 15 dias, mas que a decisão final sobre a indicação de Pochmann a surpreendeu.

Lula, no entanto, assegurou que a ministra Tebet tinha conhecimento prévio de sua preferência por Pochmann. O presidente ressaltou, no entanto, que ela havia ponderado sobre a importância de aguardar a conclusão do Censo, antes da nomeação.

O presidente ainda elogiou a capacidade intelectual do economista, enfatizando que Pochmann é reconhecido como um dos grandes intelectuais do país e que merece sua confiança para assumir o comando do IBGE.

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