Mulheres rejeitam forma como mandatário trata maioria do eleitorado
"Ele se gaba, mas acho que quem fica dizendo isso com tanta necessidade é porque talvez não seja assim tão seguro, digamos, da sua própria sexualidade, masculinidade e virilidade. Senão não precisava ficar dizendo a torto e à direita e faz isso logo depois de beijar sua esposa. Ou seja, além de tudo, de uma deselegância profunda", afirma cientista político.
"Ele se gaba, mas acho que quem fica dizendo isso com tanta necessidade é porque talvez não seja assim tão seguro, digamos, da sua própria sexualidade, masculinidade e virilidade. Senão não precisava ficar dizendo a torto e à direita e faz isso logo depois de beijar sua esposa. Ou seja, além de tudo, de uma deselegância profunda", afirma cientista político.
Por Redação - de São Paulo
Ao puxar o coro de “imbrochável” em seu discurso em Brasília, após o desfile de 7 de Setembro, o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) submeteu sua própria esposa, Michelle Bolsonaro, à condição de um “objeto sexual”, mostrando o que ele realmente é. É o que destaca o cientista político Cláudio Couto, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em entrevista à agência brasileira de notícias Rede Brasil Atual (RBA) nesta quinta-feira. Para o especialista, Bolsonaro tornou ainda mais difícil reverter sua rejeição entre as mulheres.
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Na ocasião, o presidente apelou à masculinidade afirmando que Michelle “muitas vezes está é na minha frente” e não ao seu lado, recomendando aos homens solteiros que buscassem uma “princesa” para se casar.
— Procure uma mulher, uma princesa, se casem com ela, para serem mais felizes ainda — disse Bolsonaro.
Deselegância
Em seguida, o candidato à reeleição beijou a primeira-dama, para puxar gritos de “imbrochável” junto a apoiadores.
— Ele se gaba, mas acho que quem fica dizendo isso com tanta necessidade é porque talvez não seja assim tão seguro, digamos, da sua própria sexualidade, masculinidade e virilidade. Senão não precisava ficar dizendo a torto e à direita e faz isso logo depois de beijar sua esposa. Ou seja, além de tudo, de uma deselegância profunda, um ato que não cabe a um presidente da República — contesta Couto que diz não acreditar em um avanço de Bolsonaro na maior parcela do eleitorado brasileiro.