Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o episódio aconteceu durante um confronto com suspeitos que teriam atirado contra agentes da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas, a Rocam. Familiares da vítima, contudo, negam essa versão.
Por Redação, com CartaCapital - de São Paulo
Uma mulher de 31 anos morreu após ser atingida por um tiro na cabeça em Santos, no litoral de São Paulo, durante uma operação da Polícia Militar. Edneia Fernandes Silva, mãe de seis filhos, estava sentada no banco de uma praça quando foi alvo do disparo, na quarta-feira.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o episódio aconteceu durante um confronto com suspeitos que teriam atirado contra agentes da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas, a Rocam. Familiares da vítima, contudo, negam essa versão.
Ao portal G1, uma prima de Edneia afirmou não ter havido troca de tiros no local. “A polícia está dizendo mentira, de que foi troca de tiros. Não houve operação, só três motos da Rocam que passaram”, relatou. “Um único tiro vindo do policial foi o que atingiu ela.”
Em nota, a SSP informou que as circunstâncias do caso são investigadas pelo 5º Distrito Policial de Santos e pela Polícia Militar, que instaurou um procedimento administrativo.
Operação Verão
Agora, a Operação Verão chega a 55 mortes. A primeira fase da ofensiva no litoral começou em 18 de dezembro, com foco no reforço da segurança das cidades durante a alta temporada de verão. Mas, com a morte do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo, a SSP deflagrou uma nova etapa.
O alto número de mortes durante a operação é alvo de denúncias por parte de organizações ligadas aos direitos humanos. A despeito disso, o secretário Guilherme Derrite afirma não ver excesso da PM nas ações.