As eleições contaram com mais três candidatos, que seguem a linha do Kremlin, tanto sobre a Ucrânia como a respeito da repressão, que culminou com a morte de Alexei Navalny, principal opositor de Putin, em uma prisão da região do Ártico, em fevereiro.
Por Redação, com Carta Capital - de Moscou
A Comissão Eleitoral Central da Rússia anunciou nesta quinta-feira os resultados definitivos das eleições presidenciais e oficializou a vitória esmagadora de Vladimir Putin, chamada de “histórica”, ao mesmo tempo que negou qualquer tipo de fraude.
Putin, no poder há 25 anos, recebeu 87,28% dos votos, afirmou a presidente da comissão, Ella Pamfilova, em uma entrevista coletiva.
A participação nas eleições, que aconteceram de 15 a 17 de março, foi de 77,49% dos eleitores, acrescentou.
– Foram eleições históricas – afirmou Pamfilova. Cada eleitor concedeu sua “contribuição para o fortalecimento da Rússia”.
Pamfilova elogiou uma campanha eleitoral “muito limpa e muito responsável”. Ela disse que a comissão recebeu apenas 459 reclamações. “Não é nada”, comentou.
Três candidatos
As eleições contaram com mais três candidatos, que seguem a linha do Kremlin, tanto sobre a Ucrânia como a respeito da repressão, que culminou com a morte de Alexei Navalny, principal opositor de Putin, em uma prisão da região do Ártico, em fevereiro.
O único opositor que tentou disputar o pleito, Boris Nadejdin, teve a candidatura invalidada pela comissão.
Após o anúncio dos resultados oficiais, Putin fez um discurso, em um vídeo transmitido pela televisão pública.
– As eleições demonstraram que a Rússia de hoje é uma grande família unida – disse.
– Seguimos juntos o caminho histórico que escolhemos. Temos certeza sobre nós mesmos, nossa força e nosso futuro – disse o presidente.