O presidente, no entanto, disse que não há ainda uma decisão definitiva e se limitou a afirmar que está “definindo” o nome de sua preferência.
Por Redação – de Brasília
No jantar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na noite passada, com quatro ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), no Palácio da Alvorada, a indicação para a vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso foi o prato principal. As próximas semanas serão decisivas para a decisão de Lula, que preferiu não revelar aos presentes quem será indicado para o posto.

O presidente, no entanto, disse que não há ainda uma decisão definitiva e se limitou a afirmar que está “definindo” o nome de sua preferência.
— Será uma boa escolha. Vocês vão gostar — afirmou, segundo relatos de pessoas próximas aos participantes da reunião à mídia conservadora, na manhã desta quarta-feira.
Expectativas
Presentes ao jantar, os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino sentaram-se ao lado dos ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, e da Casa Civil, Rui Costa. A conversa foi leve e amistosa, segundo os partícipes, mas Lula preferiu não sinalizar se a decisão já está tomada, preservando o mistério até a indicação oficial ao Senado, responsável por aprovar o futuro integrante da Corte.
Durante o encontro, os magistrados expressaram preocupação com a conjuntura nacional e ressaltaram que a indicação de um candidato considerado “fraco” poderia prejudicar a autoridade institucional do Supremo. Mas não disseram, de público, que a preferência do grupo recai sobre o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Congresso que conta com o apoio declarado de Davi Alcolumbre (UB-AP), atual presidente do Senado. Nos bastidores porém, ao longo dos últimos dias, vem se cristalizando o nome do advogado-geral da União, Jorge Messias, apoiado pelo PT e por ministros próximos a Lula.
O presidente também demonstra simpatia pelo presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.
Disputa
A decisão de Lula é amplamente aguardada por setores do STF que articulam a indicação de Pacheco, com respaldo no Senado. Mas aliados do governo defendem a nomeação de Messias como favorito natural da base petista. A escolha final terá impacto direto não apenas no equilíbrio interno da Corte, mas também na relação do Planalto com o Legislativo.
De forma mais direta, Alcolumbre (União Brasil-AP), intensificou as articulações políticas para emplacar o nome de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como o próximo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em conversa com o presidente, Alcolumbre teria oferecido uma garantia de aprovação tranquila no Senado das matérias apresentadas pelo governo; além de evitar um novo desgaste com o Congresso. O argumento ganha força num momento em que a base governista tem sofrido uma série de desgastes, entre elas a rejeição da Medida Provisória (MP) que ampliava a tributação para alcançar um resultado de R$ 35 bilhões no Orçamento.