O senador Jaques Wagner destacou ainda que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), é um dos apoiadores da escolha de Pacheco, mas acredita que o diálogo entre os Poderes será mantido.
Por Redação, com Reuters – de Brasília
Líder do governo no Senado e aliado histórico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o senador Jaques Wagner (PT-BA) afirmou que o advogado-Geral da União, Jorge Messias, é o nome mais provável para indicação à vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) após a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso..

Segundo Wagner, Lula ainda não revelou sua decisão nem aos auxiliares mais próximos, mas deverá consultar o Senado antes de anunciar o indicado. O senador lembrou que; além de Messias, o presidente também tem boa relação com o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.
— Óbvio que o Messias é com quem ele tem mais convivência e já foi cogitado da outra vez. É uma decisão interior de Lula. Ele ouve muita gente, mas não revela o caminho que está trilhando — afirmou Wagner ao diário conservador carioca ‘O Globo’, nesta manhã.
Escolha
O senador destacou ainda que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), é um dos apoiadores da escolha de Pacheco, mas acredita que o diálogo entre os Poderes será mantido.
— O presidente vai conversar com todos. Mas todo mundo sabe o que o Davi acha — acrescentou o líder.
Jaques Wagner afirmou, ainda, que Lula procura um perfil que contribua para reduzir a exposição pública do Supremo e ajudar a “compactar” a Corte. O petista citou a conversa de Lula com o ministro Cristiano Zanin, durante sua nomeação, como exemplo do tipo de postura desejada.
— Na conversa com o Zanin, Lula disse: ‘O que eu quero é que você seja mais discreto’, porque todo mundo reclama de muita exposição do Supremo. Acho que ele quer alguém que ajude a compactar o STF — acrescentou o senador.
Escolha
Wagner evitou declarar apoio a qualquer nome e reforçou que cabe ao Senado apenas avaliar a escolha presidencial.
— É uma decisão do presidente. Ao Senado, cabe sabatinar e aprovar, a menos que haja algo desabonador — pontuou.
Na entrevista, o líder do governo também analisou a derrota na Medida Provisória (MP) que elevava impostos, apontando que o revés foi resultado de uma “revanche política” de parte da Câmara dos Deputados após a derrubada da chamada PEC da Blindagem.
— A Câmara não gostou da decisão do Senado sobre a PEC da Blindagem. Teve um pouco de revanche. E é muito eleitoral. Foi explícito — concluiu Wagner.