Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Ministro demite presidente do Inep que o considera 'um incompetente'

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Quarta, 27 de Março de 2019 às 09:22, por: CdB

Rodrigues assumiu o cargo no último dia 22 de janeiro, em substituição a Maria Inês Fini, que ocupava a presidência do Inep desde 2016.

Por Redação, com agências de notícias - de Brasília

Presidente demitido do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Texeira (Inep), Marcus Vinicius Rodrigues deixou o cargo com pesadas críticas ao ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez. Segundo afirmou a jornalistas, nesta manhã, o signatário da sua exoneração é "gerencialmente incompetente" e "não tem controle emocional" para o comando da pasta.
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Marcus Vinícius Rodrigues
Rodrigues assumiu o cargo no último dia 22 de janeiro, em substituição a Maria Inês Fini, que ocupava a presidência do Inep desde 2016. Doutor em Engenharia da Produção e mestre em Administração de Empresas, Rodrigues foi professores da Fundação Getúlio Vargas. O Inep é vinculado ao Ministério da Educação e responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e pelo Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).

Ricardo Vélez

O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, disse nesta quarta-feira que a demissão do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Marcus Vinicius Rodrigues, foi devido a uma "puxada de tapete" feita por ele, ao ter assinado a portaria que adiava a avaliação da alfabetização prevista pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) para 2019. – Essa demissão foi porque o diretor-presidente do Inep puxou o tapete. Ele mudou de forma abrupta o entendimento que já feito, pela preservação da Base Nacional Curricular, de forma a fazer as avaliações em comum acordo com as secretarias de educação estaduais e municipais  – disse o ministro durante audiência pública na Câmara dos Deputados. Diante da polêmica, a portaria que adiava para 2021 a avaliação que seria feita em 2019 com os estudantes brasileiros foi anulada pelo ministro. Segundo ele, tal medida precisava ser mais debatida por sua equipe, não podendo ser adotada tendo por base apenas um parecer técnico, no caso, recomendação feita pelo secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim. As recentes mudanças no MEC, com exonerações de cargos de confiança, foram questionadas pelos parlamentares. “É inaceitável que país como o nosso, com problemas tão grandes na educação e com consenso de que educação é a solução para o país, o senhor tenha feito tantas demissões e exonerações em função de disputas [internas] de grupos políticos [no ministério]”, disse o líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ). Na abertura da audiência, o ministro disse que o Brasil caminha para ter os problemas que a Colômbia tinha há 30 anos, devido à associação do tráfico de drogas com a violência. "O Brasil está doente de uma droga chamada crack, presente em 98% dos municípios", disse o ministro. De acordo com ele, as escolas cívico-militares ajudarão a evitar problemas como esse e o ocorrido na Escola Professor Raul Brasil, no município paulista de Suzano, quando dois ex-alunos entraram na escola e atiraram contra estudantes e professores. O atentado resultou em oito mortos mais os dois atiradores. – Durante a campanha, o presidente Jair  Bolsonaro destacou seu desejo de difundir escola com base no ensino e gestão empregado nas escolas cívico militares, que têm se mostrado bem-vindas pelas famílias – disse.
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