Bolsonaro também voltou a falar sobre eleições, na entrevista. Se antes o representante neofascista falava contra a segurança das urnas, tendo movimentado sua base no ano passado para tentar fazer valer o voto impresso, hoje diz não ter nenhuma preocupação com o TSE.
Por Redação - de São Paulo
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quarta-feira, que a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, “não será demitida pela imprensa”. Nos últimos dias, parlamentares do chamado ‘Centrão’ passaram a desgastar a ministra por ela, supostamente, não cumprir promessas de liberação de verbas.
— A indicação da Flávia Arruda foi minha — afirmou o mandatário, durante uma coletiva de imprensa no Hospital Vila Nova Star, após receber alta médica. O presidente disse, ainda, que não a nomeou para o cargo por ser mulher, mas pela competência.
— Ninguém ligou para mim. Ninguém pede cabeça de ministro como acontecia no passado — acrescentou.
Voto impresso
Bolsonaro também afirmou que “desconhece” onde a ministra teria errado para que a demissão dela fosse solicitada.
— Se, porventura, (ela) estiver errando, como já aconteceu, acontece, eu chamo e converso com ela. Ela não será demitida jamais pela imprensa — adicionou.
Bolsonaro também voltou a falar sobre eleições, na entrevista. Se antes o representante neofascista falava contra a segurança das urnas, tendo movimentado sua base no ano passado para tentar fazer valer o voto impresso, hoje diz não ter nenhuma preocupação com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
— Tenho certeza que as eleições vão ser limpas e os votos vão ser contados — afiançou.
Eleições limpas
Comentando sobre o convite do presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, para que as Forças Armadas participem do processo eleitoral, Bolsonaro diz que aceitou “para participar de todo o processo eleitoral, sem exceção”.
O presidente destacou que o Ministério da Defesa fez alguns questionamentos ao ministro sobre as fragilidades das urnas, e afirmou que, a depender da resposta de Barroso, algo poderá ser mudado. Segundo afirmou, “pode ser que nos convença que estamos errados, mas agora, se nós não estivermos errados pode ter certeza que algo deve ser mudado”, alegando que não se tratava de uma “bravata”.
— Nos vamos aceitar o que querem impor a nossa população, o brasileiro merece eleições limpas e transparentes e ninguém é dono da verdade aqui no País. Então, a lei vai ser cumprida e teremos eleições limpas e transparentes — concluiu.