De acordo com moradores, um grupo criminoso estaria exigindo entre R$ 3,9 mil e R$ 8 mil por prédio em troca de uma suposta proteção.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
A milícia, até então ausente em Niterói, segundo as autoridades, parece ter ultrapassado os limites de comunidades dominadas pelo crime organizado e estaria agindo em bairros de classe média e alta da cidade. Segundo denúncia revelada pela BandNews FM, a cobrança de “taxas de segurança” pela milíciateria chegado a Icaraí, um dos bairros mais valorizados da cidade.

De acordo com moradores, um grupo criminoso estaria exigindo entre R$ 3,9 mil e R$ 8 mil por prédio em troca de uma suposta proteção. As cobranças estariam concentradas na Rua Presidente Backer, próximo à movimentada Avenida Roberto Silveira. Ainda segundo relatos, um homem ligado à milícia permanece dentro de um carro com giroflex ligado das 18h à meia-noite, como forma de intimidar os moradores e reforçar a presença do grupo.
A Polícia Militar afirmou que casos como esse exigem investigações mais aprofundadas e que a corporação atua em Icaraí com viaturas e motopatrulhas. Já a Polícia Civil declarou que não recebeu comunicações oficiais sobre a atuação de milicianos na região, mas ressaltou que realiza rondas regulares e mantém diálogo com a população.
Presença de milicianos no município
A prefeitura de Niterói, por meio do Gabinete de Gestão Integrada, também informou que não há registros formais da presença de milicianos no município, mas que a denúncia será investigada.
O avanço da criminalidade organizada em áreas nobres não é exclusivo de Niterói. Em Madureira, Zona Norte do Rio, traficantes ligados ao Terceiro Comando Puro estariam cobrando R$ 1,8 mil mensais de condomínios para garantir segurança. A polícia já iniciou oitivas com moradores e investiga se as ordens vieram do Complexo da Serrinha, onde atua Wallace Brito, o “Lacoste”, um dos chefes do tráfico local.