Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Mendes devolve processo sobre a descriminalização da maconha

A tendência é que o ministro Gilmar Mendes adote uma posição alinhada com a abordagem proposta ainda em 2015, em face dos votos subsequentes dos ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e, agora, de Alexandre de Moraes.

Terça, 08 de Agosto de 2023 às 17:10, por: CdB

A tendência é que o ministro Gilmar Mendes adote uma posição alinhada com a abordagem proposta ainda em 2015, em face dos votos subsequentes dos ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e, agora, de Alexandre de Moraes.


Por Redação - de Brasília

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes devolveu, nesta terça-feira, a ação sobre a descriminalização do porte de drogas, principalmente a maconha, e propôs que o julgamento seja retomado na semana que vem, dia 16 de agosto. Mendes é o relator do processo. Na semana passada, após a continuação do julgamento com o voto do ministro Alexandre de Moraes, ele indicou que a análise deveria ser adiada.

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O ministro Gilmar Mendes é o relator do processo sobre a descriminalização da maconha


A tendência é que o ministro Gilmar Mendes adote uma posição alinhada com a abordagem proposta ainda em 2015, em face dos votos subsequentes dos ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e, agora, de Alexandre de Moraes.

Moraes sugeriu, ainda, que a posse de quantidades de droga entre 25 e 60 gramas, ou a posse de seis plantas femininas, seja considerada uma presunção de uso pessoal.

— É importante definir uma quantidade média padrão como critério relativo para distinguir entre traficantes e portadores para uso pessoal. Essa definição é necessária para garantir tratamento igualitário entre diferentes grupos sociais, culturais e raciais — disse o ministro, em comentário sobre o voto.

Abordagem


Em 2015, quando apresentou seu voto, o ministro Gilmar Mendes defendeu a descriminalização da posse de todas as drogas. Fachin, Barroso e Moraes concordaram com a descriminalização, mas a limitaram ao caso da maconha. Portanto, é provável que o relator ajuste sua abordagem para incluir essa adaptação em sua tese.

Como um dos integrantes mais antigos do STF, Gilmar Mendes havia prometido à presidente da Corte, ministra Rosa Weber, prestes a se aposentar, que retornaria o processo o quanto antes.

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