Domingo, 11 de Novembro de 2018 às 14:19, por: CdB
Ao analisar o fenômeno que elegeu o representante da ultradireita para um mandato de quatro anos à Presidência da República, em uma entrevista exclusiva ao Correio do Brasil, o doutor em Engenharia da Produção afirma que as redes sociais responderam por apenas uma parcela minoritária dos votos a Jair Bolsonaro (PSL).
Por Gilberto de Souza - do Rio de Janeiro
Professor Titular Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o pesquisador Marcos Dantas, membro eleito do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), tem um olhar mais aguçado para os fatores que mudaram, para sempre, os parâmetros do convencimento aos eleitores. E a esquerda passou por todo esse processo, a ver navios.
Ao analisar o fenômeno que elegeu o representante da ultradireita para um mandato de quatro anos à Presidência da República, em uma entrevista exclusiva ao Correio do Brasil, o doutor em Engenharia da Produção afirma que as redes sociais responderam por apenas uma parcela minoritária dos votos a Jair Bolsonaro (PSL). WhatsApp e Facebook, entre outras, estão longe de representar as razões que levaram grande parcela do eleitorado para o campo neofascista.
Duro aprendizado
Formado em Comunicação Social, com mestrado em Ciência da Informação, o professor e pesquisador do Programa de Pós Graduação em Comunicação e Cultura da Escola de Comunicação da UFRJ (PPGCOM/ECO) e do Programa de Pós Graduação em Ciência da Informação, Marcos Dantas avalia que a movimentação global de setores da ultradireita atuaram, e mantêm ativo o processo de intervenção na política brasileira, amparados por recursos praticamente ilimitados.
— O crescimento dessas forças se deve a um conjunto de fatores econômicos, políticos e culturais — afirmou Dantas.
Em meio ao turbilhão que dragou os esforços da esquerda na campanha eleitoral encerrada há 15 dias, Marcos Dantas tem a clareza de propor que as instituições partidárias, sindicais e a sociedade civil organizada aprendam com os resultados. À mídia independente, aconselha a não cair no erro de buscar associações com entidades internacionais; mas buscar o apoio interno, dos leitores e eleitores progressistas, como forma de cruzar o canal infestado de crocodilos neofascistas, famintos por devorar a Opinião Pública libertária e democrática.
Leia a íntegra da entrevista na Edição Digital do Correio do Brasil, nesta segunda-feira.