O mandatário realizou, nesta manhã, uma reunião ministerial no Palácio da Alvorada. O encontro não estava na agenda. Em reunião fechada com o presidente do Supremo, Luiz Fux, em 8 de junho, o chefe do Executivo avisara que escolheria Mendonça.
Por Redação - de Brasília
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou em reunião ministerial, nesta terça-feira, que indicará o ministro André Mendonça, da Advocacia-Geral da União (AGU), para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) que será aberta com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio, que completa a idade limite de 75 anos.
O mandatário realizou, nesta manhã, uma reunião ministerial no Palácio da Alvorada. O encontro não estava na agenda. Em reunião fechada com o presidente do Supremo, Luiz Fux, em 8 de junho, o chefe do Executivo avisara que escolheria Mendonça. O encontro ocorreu fora da agenda e também serviu para Fux solicitar a Bolsonaro que oficializasse a escolha após a aposentadoria de Marco Aurélio para evitar qualquer constrangimento.
Congresso
Antes disso, o presidente já havia anunciado que o escolhido seria um evangélico —as igrejas neopentecostais apoiam o governo e têm cobrado a designação para o STF.
— Fiz um compromisso há quatro anos com os evangélicos do Brasil. Nós indicaremos um evangélico para que o Senado aceite o seu nome e encaminhe para o Supremo Tribunal Federal um irmão nosso em Cristo — afirmou Bolsonaro em 18 de junho, em ato pelos 110 anos da Assembleia de Deus no Brasil.
Mendonça é pastor licenciado da Igreja Presbiteriana Esperança. Apesar da vontade de Bolsonaro, Mendonça não tem boa relação com o Congresso e teve a imagem desgastada dentro do STF devido à abertura de inquéritos para investigar críticos do presidente.
Além do advogado-geral, outros nomes que vinham sendo cotados como possíveis escolhas de Bolsonaro eram os de Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e Augusto Aras, atual procurador-Geral da República (PGR).