Lai já estava preso por conta de seu apoio a outros atos públicos não autorizados pelo governo e, por meio de uma carta divulgada por seu advogado, Robert Pang, afirmou que "se celebrar aqueles que foram mortos pela Justiça é um crime, então me punam por isso e deixem-se compartilhar o peso da glória daqueles jovens homens e mulheres que deram seu sangue em 4 de junho de 1989".
Por Redação, com ANSA - de Hong Kong
A Corte Distrital de Hong Kong condenou o magnata pró-democracia Jimmy Lai a 13 meses de prisão por ser um dos organizadores e incentivadores da vigília realizada em 2020 pelas vítimas do massacre da Praça da Paz Celestial (Praça Tiananmen), na China, anunciou o tribunal nesta segunda-feira. Além de Lai, outros sete opositores chineses foram condenados com penas entre quatro e 14 meses de detenção por "organizar, participar ou incentivar" da manifestação de 4 de junho do ano passado. Entre os punidos, estão o advogado de direitos humanos Chow Hang-tung, os ex-deputados Leung Yiu-Chung e Wu Chi-wai e a ativista Gwyneth Ho. A vigília era organizada anualmente desde 1990 e lembrava do massacre ocorrido um ano antes que, até hoje, não tem o número de vítimas conhecido - alguns falam em centenas, outros em milhares.