Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Macron reafirma possibilidade de envio de tropas terrestres à Ucrânia

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Quinta, 02 de Maio de 2024 às 14:16, por: CdB

A polêmica possibilidade já havia sido aventada no início do ano pelo francês, mas foi rejeitada por aliados naquela ocasião. Caso a ideia de Macron fosse tirada do papel, a Rússia poderia responder com uma outra escalada do conflito, indicava a avaliação do Kremilin naquela ocasião.

Por Redação, com CartaCapital – de Paris

O presidente da França, Emmanuel Macron, reafirmou em uma entrevista à revista The Economist a possibilidade de envio de tropas ocidentais à Ucrânia, caso a Rússia consiga avançar na frente leste e Kiev solicite.

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O presidente da França, Emmanuel Macron

– Se os russos conseguirem romper as linhas da frente, se houver um pedido ucraniano, o que não é o caso hoje, deveríamos levantar legitimamente a questão – disse o presidente francês à revista britânica.

– Descartar isso a priori é não aprender as lições dos últimos dois anos, em que os países da Otan inicialmente rejeitaram o envio de tanques e aviões para a Ucrânia, antes de finalmente mudarem de opinião – acrescentou o presidente francês.

Uma declaração parecida, dada em março deste ano, gerou desconforto entre aliados. Na época, Macron sinalizou o envio de tropas para lutar no front contra a Ucrânia e foi ‘desautorizado’ por outros líderes europeus poucas horas depois. Na ocasião, a Rússia reagiu à declaração do francês com um alerta: “Não convém em nada a esses países e eles devem estar cientes disso”.

Caso a ideia de Macron fosse tirada do papel, a Rússia poderia responder com uma outra escalada do conflito, indicava a avaliação do Kremilin naquela ocasião. O governo de Vladimir Putin ainda não reagiu aos apontamentos de Macron desta quinta-feira.

Rússia rejeita acusações sobre uso de armas químicas

Também nesta quinta-feira, o Kremlin rejeitou as acusações dos Estados Unidos de que as forças russas utilizaram “arma química” na Ucrânia.

O Departamento de Estado americano afirmou na quarta-feira que a Rússia utilizou “a arma química cloropicrina” contra as forças ucranianas.

– Vimos as notícias a respeito. Como sempre, as acusações parecem completamente infundadas – disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa ao ser questionado sobre o assunto.

O governo dos Estados Unidos afirmou que Moscou violou a Convenção sobre Armas Químicas (CAQ), que proíbe a produção e uso de tais substâncias.

A Rússia assinou e ratificou esta convenção e, segundo Peskov, “estava e continua comprometida com as suas obrigações com base no direito internacional”.

A cloropicrina é uma substância oleosa conhecida como agente asfixiante, que foi muito utilizada durante a Primeira Guerra Mundial como forma de gás lacrimogêneo.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos classificam a substância como “agente prejudicial aos pulmões”, que pode causar irritação grave na pele, nos olhos e no sistema respiratório.

O uso é especificamente proibido pela Organização para a Proibição de Armas Químicas, o órgão responsável por implementar a CAQ.

“O uso destas substâncias químicas não foi um incidente isolado e provavelmente é motivado pelo desejo das forças russas de remover as forças ucranianas de posições fortificadas e obter ganhos táticos no campo de batalha”, afirmou o Departamento de Estado.

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