Rio de Janeiro, 16 de Junho de 2025

Lula viaja a Montevidéo, para último adeus ao amigo Mujica

Lula viaja a Montevidéu para o velório do ex-presidente uruguaio Pepe Mujica, que faleceu aos 89 anos. O presidente elogia acordos comerciais e defende a governança global.

Quarta, 14 de Maio de 2025 às 19:34, por: CdB

Ainda em Pequim, na noite passada, tão logo soube da morte do amigo, Lula anunciou que compareceria à despedida do líder socialista latino-americano.

Por Redação – de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passa apenas algumas horas em casa antes de embarcar, na manhã desta quinta-feira, para a capital uruguaia, onde participa do velório do ex-presidente do país José ‘Pepe’ Mujica, que faleceu na terça-feira, aos 89 anos.

Lula viaja a Montevidéo, para último adeus ao amigo Mujica | O cortejo fúnebre cruzou as ruas da capital Montevidéo, sob o aplauso de milhares de uruguaios
O cortejo fúnebre cruzou as ruas da capital Montevidéo, sob o aplauso de milhares de uruguaios

Ainda em Pequim, na noite passada, tão logo soube da morte do amigo, Lula anunciou que compareceria à despedida do líder socialista latino-americano. A agenda foi confirmada pelo Palácio do Planalto e informou que o voo para o Uruguai deve ocorrer às 10h desta quinta-feira. A viagem dura cerca de duas horas e meia.

O avião presidencial que transporta a comitiva brasileira decolou de Pequim por volta de 2h da manhã desta quarta-feira, pelo horário de Brasília. A aeronave fez a mesma rota da ida, com previsão de duas escalas para reabastecimento. A primeira, em Moscou, capital russa, e Casablanca, no Marrocos, em seguida. A previsão é que Lula pouse na Base Aérea de Brasília na madrugada desta quinta-feira.

 

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Tarifas

O velório de Pepe Mujica acontece no Palácio do Legislativo, que abriga Câmara e Senado uruguaios, nesta quarta-feira, com previsão de durar ao menos 24h, a depender da quantidade de visitantes que compareçam para se despedir do ex-presidente.

Em seguida, como era o desejo do ex-presidente, ele será cremado e as cinzas voltarão para a chácara em que ele vivia, em Rincón del Cerro, nos arredores de Montevidéu, para ser enterradas sob a árvore em que também está enterrada sua cachorrinha Manuela.

Ainda na entrevista coletiva em Pequim, na noite passada, Lula elogiou o anúncio do acordo para redução de tarifas comerciais entre China e Estados Unidos, após rodada de negociação reunindo representantes os dois países, realizada há dois dias, na Suíça.

— O acordo entre EUA e China, em Genebra, é uma demonstração, pura e simplesmente, de que tudo seria mais fácil se antes de anunciar de forma unilateral as taxações, os EUA tivessem conversado com a China. Seria muito mais fácil, muito mais simples e muito menos penoso para o mundo. É uma demonstração de que tarda, mas não falha. A sabedoria leva a gente sempre à mesa de negociação — afirmou Lula.

 

Desafio

Lula, aos jornalistas, também saiu em defesa da Organização Mundial do Comércio (OMC) como principal mecanismo para discussão de tarifas comerciais. Ambos os países anunciaram que reduzirão tarifas recíprocas extras impostas no mês passado.

Do lado norte-americano, as tarifas contra produtos chineses cairão de 145% para 30%. Do lado oposto, os chineses reduzirão as taxas extras contra os EUA de 125% para 10%. As negociações entre as duas maiores potências econômicas do planeta prosseguirão, mas já trouxe alívio imediato para a economia mundial.   

O presidente brasileiro apoia, ainda, a revitalização do sistema de governança global, argumentando que não há espaço para ações unilaterais, citando o desafio de conter o aquecimento global e suas consequências catastróficas para a vida humana no planeta.

— Se não tiver a Organização das Nações Unidas (ONU) com força, a questão climática será tratada de forma secundária. Não adianta tomar decisão nas COPs (conferências do clima da ONU), se depois você não tem uma instância de governança mundial que obriga a execução. Isso vai cansando, porque você toma decisão e não acontece nada. Chega um dia e desanima — desabafou.

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