Mais de 730 mil cidadãos votaram antecipadamente, um número recorde que dá prova do interesse despertado pela eleição deste ano.
Por Redação, com ANSA – de Nova York
Os moradores de Nova York foram às urnas nesta terça-feira para eleger seu novo prefeito, em uma disputa que tem como franco favorito o jovem socialista Zohran Mamdani, de 34 anos, apesar dos esforços do presidente Donald Trump para impedir sua vitória.

Nascido em Kampala, capital de Uganda, Mamdani é muçulmano de ascendência indiana e ocupa um assento na Assembleia Legislativa do estado de Nova York desde janeiro de 2021.
Em junho passado, ele chocou o establishment político ao derrotar o ex-governador Andrew Cuomo nas primárias do Partido Democrata para prefeito, colocando-se como principal candidato a assumir o comando da maior metrópole dos EUA.
Cuomo decidiu se manter na disputa como independente, porém a maioria das pesquisas coloca Mamdani na frente, enquanto o republicano Curtis Sliwa aparece em uma distante terceira posição e foi abandonado até por Trump, que pediu votos ao ex-governador para evitar a vitória do socialista.
Mais de 730 mil cidadãos votaram antecipadamente, um número recorde que dá prova do interesse despertado pela eleição deste ano. A campanha se concentrou em temas como habitação, criminalidade e custo de vida, mas também na maneira de lidar com Trump, que ameaçou cortar repasses federais à cidade caso Mamdani seja eleito.
Nova York
Se o jovem de 34 anos vencer, ele será o primeiro prefeito muçulmano da história de Nova York e pode fazer a balança do Partido Democrata pender mais para a esquerda do que para o centro. “Se o candidato comunista Zohran Mamdani vencer a eleição para prefeito de Nova York, é altamente improvável que eu contribua com fundos federais, além do mínimo exigido, para minha amada primeira casa”, disse o presidente, que fez seu nome como magnata do setor imobiliário na metrópole.
Além de Nova York, os Estados de Nova Jersey e Virgínia elegerão novos governadores nesta terça-feira, em disputas vistas como termômetro do ânimo dos eleitores após 10 meses de Trump na Casa Branca.
Uma eventual vitória democrata nos dois estados pode fortalecer a oposição em vista das eleições legislativas de meio de mandato no ano que vem, quando o partido espera recuperar o controle do Congresso.