Na mais recente aferição do IPD, Lula chegava a 84,8 pontos na segunda-feira, enquanto Bolsonaro permanecia com 51,6 pontos. “O petista marcou 89,1 no dia da eleição, 30 de outubro, e atingiu a melhor pontuação nos dias em que participou da COP27”, destaca o diretor do Instituto Quaest, Felipe Nunes.
Por Redação - de São Paulo
Muito além das urnas, a popularidade do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PL), está em alta no ambiente digital, enquanto a do presidente em fim de mandato, Jair Bolsonaro (PL), em baixa. Segundo o Índice de Popularidade Digital (IPD), que mede diariamente o desempenho de políticos nas redes sociais em uma escala de zero a 100, a popularidade de Lula sobe e a de Bolsonaro cai no mês subsequente às eleições presidenciais. O índice é calculado pelo Instituto Quaest, o mesmo que realizou pesquisas de intenção de voto na campanha eleitoral.
Na mais recente aferição do IPD, Lula chegava a 84,8 pontos na segunda-feira, enquanto Bolsonaro permanecia com 51,6 pontos. “O petista marcou 89,1 no dia da eleição, 30 de outubro, e atingiu a melhor pontuação nos dias em que participou da COP27”, destaca o diretor do Instituto Quaest, Felipe Nunes, em sua página no Twitter.
“Já Bolsonaro, que no dia do 2 turno possuía 72,8 pontos, amargou nos últimos dias sua pior sequência, com IPD na casa dos 40 pontos. Seu melhor resultado recente tinha sido durante a campanha, com a marca de 88,1 registrada em 7 de outubro. Nesse mesmo dia, Lula obteve 83,7”, escreveu Nunes.
Transição
O silêncio de Bolsonaro, recolhido no Palácio do Planalto desde a vitória de Lula, pode ser uma estratégia silenciosa para manter viva a chama dos acampamentos golpistas em frente aos quarteis, em defesa de uma intervenção militar, mas seu efeito desmobilizador é inegável, segundo esses dados.
“O bolsonarismo digital se desmobilizou com a ausência de posicionamento claro de seu líder, enquanto Lula tem conseguido engajar seu público com as notícias sobre a transição, gerando expectativa sobre como será o novo governo”, avalia Nunes.
Desde que se tornou o primeiro presidente a tentar a reeleição e fracassou, apesar de medidas bilionárias em favor de sua campanha, o atual mandatário permanece recolhido e reduziu drasticamente o número de mensagens em suas redes sociais. Sem os pronunciamentos e tradicionais lives, a repercussão de seus atos se esfarelou.
Segundo turno
No último sábado, Bolsonaro participou do seu primeiro evento público depois da derrocada. Esteve em uma cerimônia militar no município de Resende (RJ), mas permaneceu em silêncio. Ele compareceu ao Palácio do Planalto apenas quatro vezes de um mês para cá.
A disputa entre os dois adversários na internet foi acirrada durante toda a campanha. Lula e Bolsonaro se alternaram na primeira posição durante todo o período de embate, mas desde o dia da votação do segundo turno o presidente eleito assumiu a liderança, sem ver o rival se aproximar.