Diante dos últimos acontecimentos, Lula disse não ser um preso, mas um refém do Estado.
Por Redação - de Curitiba
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou os últimos acontecimentos no âmbito judicial, com a ordem expressa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurelio Mello para que ele fosse libertado, como um “teatro jurídico”. Lula afirmou, a aliados que o visitaram em Curitiba, nesta sexta-feira, que em nenhum momento teve a esperança de que seria solto.
Diante dos fatos, Lula disse não ser um preso, mas um refém do Estado. Sua liberdade, segundo afirmou, não interessa aos atuais inquilinos do poder. Preso político há oito meses, o ex-presidente afirmou, no entanto, que estará na linha de frente da oposição ao novo governo.
— Se tem alguém disposto a fazer oposição nesse país sou eu — afirmou Lula a Marco Aurélio Ribeiro, seu assessor, que o visitou na prisão.
Solidariedade
O ex-presidente também comentou sobre a suspensão da liminar do ministro Marco Aurélio Mello.
— Eu não estou preso, eu sou refém. Quem não entendeu isso ainda não entendeu o que está acontecendo comigo — protestou.
Lula enviou, ainda, uma mensagem à Vigília Lula Livre, que há 258 dias acompanha o ex-presidente em Curitiba. Ele agradeceu as mobilizações previstas para o Natal e Ano Novo no local.
O ex-presidente não pode ver o espaço, localizado em frente à Polícia Federal, mas ouve diariamente as manifestações de apoio e solidariedade.